quarta-feira, 30 de abril de 2008

Alguns diferentes, mas bem iguais...


E quando achamos que o PSD já não pode piorar mais, eis que nos volta a surpreender.
Há quem defenda Alberto João Jardim para presidente do partido. Menezes é um deles por exemplo.
Alguém já se deu conta dos efeitos nefastos que este senhor como presidente do partido, pode proporcionar?
Um dos maiores prejudicados seria sem duvida o PNR (Partido Nacional Renovador). Seria uma machadada feroz nas aspirações que teem em chegar à Assembleia da República.
Alberto João não só mandava o eleitorado do centro-direita votar no PS (e muito dele já o faz), como fazia desaparecer o Paulo Portas com submarinos e tudo, e ocupava o lugar que a Frente Nacional e o PNR desejam.
Se não, vejam. Imaginem as declarações em baixo sem a pronúncia madeirense, e digam lá quem é que ele faz lembrar.
Vou dar uma pista: Está preso neste momento por ter dito coisas menos gravosas que estas.

Quem é? Quem é?

Um cheirinho a férias.

Foi a intenção.
Fim-de-semana grande. Aí vou eu e a família até à Beira Baixa.
Passou depressa mas soube bem. Calor, amigos, família, boa disposição e um copo.
Retenho ainda o paladar do queijo magnífico de Idanha-a-Nova e da Gardunha.
Aqui ficam algumas das fotos tiradas no passeio.


Idanha-a-Nova - Foi aqui que fiquei.



Castelo Branco - Jardim do Paço



Idanha-a-Nova - Garraiada



Idanha-a-Nova - Barragem Marechal Carmona



Castelo Branco - Jardim do Paço



Castelo Branco - Jardim do Paço



Idanha-a-Nova - Barragem Marechal Carmona



Em baixo são postais da Aldeia de Santa Margarida que me foram oferecidos gentilmente pelo Centro de Dia.




Que grande 25 de Abril!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Hoje é dia da Liberdade. Vamos gozá-la!

25 de Abril de 1974

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Uma lembrança ao Sócrates.


Esta declaração do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, dirigida ao primeiro-ministro José Sócrates aquando a aprovação do Tratado de Lisboa, parece-me digna de registo. Aqui fica.

"Fez apenas aqui o discurso da propaganda. Mas pense no 25 de Abril e não se iluda. Pode conseguir grandes louvores, mas nunca se esqueça que um dia o povo há-de exigir a reposição da soberania nacional"

Tratado de Lisboa.


E pronto, já está!
O primeiro-ministro sentir-se-á certamente orgulhoso por concluir a aldrabice que espetou ao povo português.
Felicito-o por isso. A ele e a todos os socialistas que mesmo pensando de uma maneira ontem e outra hoje, acreditam que pensaram ontem da mesma maneira que pensam hoje.
Não sei se é por estar perto de alguma data especial, mas isto soa-me a “déjà vu”.
Não é todos os dias que alguém mente descaradamente a milhões de pessoas e acredita tão convictamente na mentira que profere. Ou acredita que nós acreditamos que ele acredita.
Resumindo, PS votou a favor, claro! PSD votou a favor, claríssimo! CDS-PP votou a favor, mas contrariado. Dizem eles que queriam referendo. Treta. Se o quisessem votavam contra.
PCP e Bloco de Esquerda, contra! Tal como se esperava.
O tratado reformador foi ratificado por larga maioria. E precisamente nas condições que Sócrates e os seus comparsas desejavam. Com a ignorância da maioria dos portugueses relativamente ao seu conteúdo e ás consequências que daí advirão, para o bem e para o mal.
Esta é a prova que o referendo era indispensável. Desde que Sócrates admitiu que não haveria consulta popular, não mais se falou do tratado. Não houve qualquer iniciativa para informação aos portugueses do que se trata, em que é diferente (tal como o afirmam) do antigo Tratado Constitucional.
Não houve vontade política pura e simplesmente de debaterem o assunto para conhecimento geral. Não quiseram e evitaram.
A vantagem do referendo seria exactamente esta, a informação que seria dispensada ao povo quando fossem debatidos e defendidos os pontos de vista de cada facção politica.
Posto isto, continuo a pensar que a diferença entre o antigo Tratado Constitucional e o novo Tratado Reformador é a mesma que a do Aborto para IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez).
Para o referendo ao aborto fizeram questão do cumprimento da promessa feita em campanha eleitoral quando poderiam ter resolvido o assunto com celeridade e ter poupado dinheiro em campanhas que visaram sobretudo ensinar-nos algo que já sabíamos. Tratava-se principalmente de uma questão ética e religiosa, poucos ou nenhuns mudaram certamente de opinião desde o primeiro referendo.
Se a realização deste aceitei por achar coerente com as promessas eleitorais, o mesmo se aplica ao contrário no caso do Tratado.
Para mim, nunca fará sentido que alguém me diga que ser aldrabão é diferente de ser mentiroso.

domingo, 20 de abril de 2008

Cuba. A ilha da salvação.


Poderá parecer exagero à partida, mas não é, pelo menos para muitos desafortunados.

Cuba continua a ser a luz ao fundo do túnel, o ultimo recurso para inúmeras pessoas doentes. Pois é.
Quando se fala desta ilha das Caraíbas vem de imediato à lembrança o ditador Fidel.
Agora mais na sombra, Fidel vai tolerando, quiçá até incentivando o irmão Raul a abrir uma brecha da porta para a liberdade. Já se pode ter telemóvel, micro-ondas, e outras pequenas mordomias que até há bem pouco tempo estavam vedadas ao comum cidadão.
Colocando-nos na pele de alguns cubanos no seu próprio país, será por ventura desesperante, nenhuma ditadura é boa seja ela de esquerda ou de direita. Mas se é que vale de alguma coisa (e eu acho que vale), os cubanos podem gabar-se de ter algo que quem vive em democracia não tem, mesmo com dinheiro. Recursos humanos, organização e sabedoria para tratar diversas doenças, neurológicas e não só.
Os cubanos dão-se ao “luxo” de tratar americanos. Irónico, não?
Perguntamo-nos, como será possível um país como os Estados Unidos, uma super potência, não ter o que um país tão fragilizado e pequeno como Cuba ali ao lado têm? O Fidel tem a receita, e não parece ser difícil de perceber, apenas impossível de aplicar num país, seja ele qual for, com aspirações capitalistas.

Se para uns a porta está quase a abrir, para outros poderá fechar-se em breve.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

O PAPA JÁ SABIA!!!

Uma obra de arte.

Ora digam lá se não é uma verdadeira obra de arte este anuncio à cervejola.

domingo, 13 de abril de 2008

Se o outro era o 8 este é o 80.


Em contraponto ao protagonista do post anterior, surge este nabo. José Falcão.

A zona do Intendente em Lisboa como é do conhecimento público, é fértil em problemas de criminalidade. No dia 10 de Abril a policia lançou uma mega operação de fiscalização após alguns meses de investigação. Quanto a mim penso que no local em que foi, nem seria necessária investigação. Se lá fossem hoje ainda tinham melhores resultados.
Mas tal como a localidade em questão é fértil em problemas, também o nosso país de uma forma generalizada produz muitos estúpidos. O que se segue é um deles.


José Falcão na qualidade de presidente da associação SOS Racismo e em comunicado, criticou fortemente a operação e acusou as forças de segurança e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de perseguir trabalhadores imigrantes, numa rusga que apelidou de racista, dizendo ainda que “Tudo o que não é branco é incomodado pelas forças de segurança e SEF”.

José Falcão com as declarações que faz consegue banalizar e desacreditar uma associação de inestimável valor como a SOS Racismo que ajudou a criar.
Para defender causas tão nobres, não tem que proferir disparates cada vez que lhe dão tempo de antena.
Este senhor deve ter a consciência tão pesada que nem percebeu que quem está em minoria naquele local são os portugueses não os estrangeiros. Actualmente em 15 mil habitantes 11mil são estrangeiros. Enganou-se na defesa meu caro, a minoria é outra e sente-se insegura. A prova disso mesmo, são as queixas frequentes dos moradores à PSP.

Tome lá alguns resultados da operação que tanto contestou, para ver se fecha a matraca.

"Em comunicado, a PSP informa que, no âmbito da acção, «oito cidadãos estrangeiros foram alvo de notificações de abandono voluntário» do País e «21 foram objecto de notificações de comparência».

Quatro empresas foram multadas por empregarem estrangeiros ilegais e quatro estabelecimentos foram encerrados, «dois por falta de higiene sanitária e os restantes por falta de licenciamento».

A operação conduziu ainda à apreensão de «dez telemóveis e de uma máquina de jogos» e permitiu a fiscalização de 129 veículos ligeiros.

A PSP registou 16 infracções ao Código da Estrada e Legislação Complementar, 18 autos por contra-ordenação na área do trânsito e 16 por contra-ordenação no sector dos estabelecimentos."

in Sol

terça-feira, 8 de abril de 2008

Uma reflexão à nossa liberdade.


Começou hoje o julgamento de Mário Machado e de outros elementos ligados à extrema-direita.
Recentemente António Marinho Pinto, bastonário da ordem dos advogados, foi visitar Mário Machado à prisão onde se encontra preventivamente detido.
Marinho Pinto após ter tomado conhecimento do processo, concluiu em declarações à comunicação social que o líder da Frente Nacional está injustamente preso, que apenas lá se encontra por defender outros ideais políticos.
Ora a ser verdade o que diz o bastonário e o defensor de Mário Machado,isto é muito grave.
Não é concebível num país democrático.
Ainda que se esteja contra determinada ideologia seja ela qual for, não se pode prender alguém por pensar.
Na minha opinião é preciso muito cuidado com castrações mentais.
Não nos podemos esquecer de que pode ser um factor ainda mais motivador. O maior exemplo disso mesmo é o PCP.
O Partido Comunista é sem duvida alguma, uma máquina avassaladora em comparação com os outros partidos, na movimentação de massas. E como conseguiu tornar-se assim? Antes do 25 de Abril a conjectura politica e social era outra, havia muito mais quem fosse trabalhador e passasse mal do que quem mandasse e vivesse bem, mas não foi só este o motivo, um deles terá sido sem dúvida a repressão e opressão exercida sobre os cidadãos e os seus pensamentos.
Não é de todo saudável, manter opiniões e ideologias politicas numa panela de pressão sem pipo e de fraca qualidade como se tem tornado a nossa democracia nos últimos anos.
Já vimos este filme para o bem, não vamos agora editar uma segunda versão para o mal.
Pessoalmente, ainda que ache asquerosa a ideologia racista, não me preocupava tanto o Mário Machado aguardar julgamento em liberdade como me preocupam aqueles excrementos que foram libertados por um juiz depois de praticarem um crime de carjacking com recurso a armas. Ali existe de facto um acto de ameaça a integridade física de alguém, existe a possibilidade de reincidirem e quem sabe com mais violência ainda.
Aliás, como este existem outros casos semelhantes em que a escumalha é libertada depois de detida em flagrante, e o comum cidadão vive com medo destes de um lado e do politicamente correcto do outro.

Será esta liberdade que não temos, a que queremos?

sábado, 5 de abril de 2008

Sá Fernandes. Afinal nem tudo é Bloco.


O Dr. Sá Fernandes há pouco tempo foi distinguido pela conhecida televisão do médio-oriente Al Jazeera com uma reportagem e tanto.
O vereador foi considerado um verdadeiro herói devido à denuncia de diversos casos de corrupção que têem assolado o município de Lisboa.
Ora como eu estou bem mais perto e me interesso mais pela minha Lisboa do que certamente a Al Jazeera, vou-me dando ao trabalho de ir lendo de vez em quando qualquer coisinha que se passe nos meandros da direcção da capital lá nos Paços do Concelho. E eis que este mês ao ser-me oferecido o “Jornal de Lisboa” - um gratuito mensal -, me deparo com o comentário de um deputado municipal no qual é mencionado o já referido herói.
Para quem gosta de populismo e aprecia o Dr. Sá Fernandes na sua essência mais pura, é capaz de ficar desiludido e a pensar que afinal nem tudo é “Bloco”. De qualquer forma, é sempre bom ficar um pouquinho mais informado.

Segue-se o artigo do jornal. Clique para aumentar.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ainda os horários dos hipermercados.


Na sequência do post anterior, e para que fique claro, deixo aqui a minha posição vincada quanto aos horários dos hipermercados.
Sou totalmente contra a abertura dos hipermercados ao domingo e passo a explicar porquê.
Além do forte motivo que deixei antever no post anterior que se refere exactamente ao conceito família pelo qual tenho muito apreço, existem mais.
Por exemplo, que necessidade há de abrir ao domingo os “Hiper” “Mega” “Supermercados” Colombos, Alegros entre outros, se nós já temos disponíveis diversos hiper`s e supermercados?
Sim, o que são os Pingo Doce? O que são os Plus? O que são os Modelos? O que são os Lidl? O que são os Intermarché?
Um supermercado Modelo não é menos que um hipermercado Continente ou Jumbo. Apenas tem a sua área dividida em mais duas empresas de nome Modalfa e Worten.
Aliás, foi mais uma jogada brilhante do génio Belmiro em resposta aos nossos legisladores e governantes medíocres. Um espaço a partir de determinada dimensão é considerado hiper, não pode abrir aos domingos, em vez de um grande, criam-se três pequenos. Vende-se o mesmo.
Hoje em dia e com o mercado actual, só não compra quem não quer, o que quiser e quando quiser. Não há povoação ou freguesia, que não tenha um supermercado destes.
È conveniente lembrar ainda que os chamados hipermercados já abrem ao domingo de manhã.
Não vale apena sequer falar das consequências no pequeno comércio, porque esse há muito está condenado.
Por mais que me esforce, não consigo ver benefícios.
Apontem um e eu mudo de opinião.

terça-feira, 1 de abril de 2008

O paradoxo de um socialista.



Jorge Coelho é uma figura bem conhecida da nossa praça e de relevo no seio do Partido Socialista.
Todos o conhecem de diversas intervenções politicas algumas bem marcantes como por exemplo na altura em que era ministro do governo de António Guterres e conquistou a alcunha de “Bombeiro”.
Nessa altura Jorge Coelho apagava os fogos todos, os dele e os dos outros ministros. Demitiu-se depois da queda da ponte de Entre-os-Rios.
Hoje, com outro tipo de visibilidade na política, menos interventiva mas também muito importante, lá vai dando ao Sócrates um empurrãozinho aqui, outro ali. E onde o faz com maior destaque é no programa Quadratura do Circulo transmitido na SIC Noticias.

Jorge Coelho no programa, tenta transmitir aos telespectadores uma imagem de um comentador sério, equilibrado, e embora defensor do PS procura distanciar-se ligeiramente com intuito de iludir quem o veja e assim o considere como um independente que só defende as politicas do governo porque fazem sentido. Ora o berbicacho, é quando as políticas socialistas não fazem sentido e ele quer a todo custo justificá-las com argumentos válidos.

No último programa, dos três temas abordados para discussão, em dois deles ficou mais uma vez evidente a falta de coerência da ideologia politica de Jorge Coelho que advém deste partido socialista, inventado por Soares e transfigurado por Sócrates.
Jorge Coelho defende a abertura dos hipermercados aos domingos. Para ele existe necessidade de adaptação do comércio e dos seus horários aos novos hábitos dos cidadãos. Para ele, se há serviços como os hospitais e a policia que funcionam 24 horas por dia, não vê razão para que o comércio não alargue o horário de funcionamento, justificando o que defende com o facto de algumas pessoas não lhes dar jeito fazer compras nos seis dias em que estão abertos mas sim no dia que estão fechados. Por Jorge Coelho o socialista e liberal como se auto intitula, vire-se de pernas para o ar a vida de uns bons milhares de trabalhadores do comércio, para agradar a alguns caprichosos do passeio domingueiro.
Na abordagem do segundo tema de conversa, o qual se destinava a opinar acerca do famigerado vídeo da aluna, da professora e do telemóvel, Jorge Coelho defende o lógico, autoridade aos professores - que curiosamente o governo do seu partido retira todos os dias -, e a responsabilização dos pais que muitas vezes são uns pais ausentes e não educam convenientemente os filhos. Os professores não podem fazer tudo.

Agora façamos um exercício de coerência lógica entre o que Jorge Coelho defende no primeiro tema e no segundo.
Á partida os assuntos parecem não ter nada a ver um com o outro, mas…

Por exemplo:

“Um casal tem um filho em idade escolar.
A senhora trabalha numa loja pronto-a-vestir e o marido num hipermercado. Têm imensas dificuldades em acompanhar o filho no dia a dia visto o horário de um, ser das10h ás 19h e do outro, das 14h as 23h.
Ao domingo este comércio fecha e finalmente estão os três juntos, sim porque durante a semana as folgas são rotativas e o filho acaba as aulas do ciclo preparatório a meio da tarde e tem que se entreter com algo, sozinho ou com amigos nas mesmas circunstâncias. Afinal, não há dinheiro para aulas de violino.

Entretanto aparece um iluminado e apregoa:
- Que se abra todo comércio ao domingo! Tenho que ir comprar tabaco!”



Agora pergunto eu. Faz sentido?