quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A velhinha Feira das Mercês.

Mais que revoltado, estou triste.

Este ano já não se realiza a velhinha Feira das Mercês que acontecia uma vez por ano. Uma morte anunciada é certo mas faz sempre pena e principalmente pelo motivo que é. A segurança.

Durante a minha adolescência frequentei a Feira das Mercês de dia e de noite sem medo de o fazer a qualquer hora. Mas já há meia dúzia de anos que deixei de lá ir pelo ambiente que se sentia, quando passava perto comprava uma fartura à entrada e seguía caminho.

Recordo com saudades o tempo em que lá andava até horas tardias nos carrosséis, mais tarde e mais crescido, com colegas nos restaurantes a comer a saborosa carne ás Mercês acompanhada com malgas de água-pé e com o cheirinho do coirato assado na brasa.

Se me perguntam então achas mal que não se realize? Não. Tenho é pena.

A GNR fez um parecer em que desaconselha a realização da feira por motivos de segurança e ninguém melhor que eles para avaliarem a situação.

Segundo a Câmara Municipal de Sintra também não existem grandes condições de nível técnico e sanitário. O local onde é realizado o evento irá ser alvo de obras e remodelação, aliás, que há muito deveriam ter começado.

De qualquer forma quando se voltar a realizar, e espero que brevemente, não será igual, uma das alterações é encerrá-la muito mais cedo.

Uma pergunta pertinente.

De quem é a culpa da falta de segurança?

Eu sei. Eu e quem lá ia. É de quem não faz ideia que a feira é centenária e faz parte da tradição de uma freguesia, de um conselho e de um país que teimam em não respeitar. É de quem não tem raízes em lado nenhum e nem procuram ganhá-las. É de quem, com o pretexto reles e nojento de que não está integrado, invade o que é nosso e estraga.

Ai! O que eu gostava que o Sr. José Falcão, homem de sabedoria e multicultural se pronunciasse acerca do tema. É que tem motivo para isso, afinal, muitas das minorias que lá têm o seu negócio de sustento são prejudicadas. O problema seria justificar a acção das minorias que destroem o que é da maioria.

Faz-me pena.

3 Pinokadas:

Patti disse...

Pena mesmo, também já lá fui uma vez e era bem animada. Aqui por perto tenho uma todos os sábados de manhã e não dispenso os legumes, o pão e a fruta.

Anónimo disse...

Ó Pinokada, feira pra mim só há uma... a da relaixeza e mais nenhuma. Ora vai-te a relaixar.
Um Abraço do amigo "O Relaixança"

O Pinoka disse...

O relaixança

Estava a ver que não aparecias!
Bem vindo.
Quanto ao relaixar, já estamos em contagem decrescente.
Abraço

PS: ficaste giro na foto.