sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Pensamentos de Saramago.

Todos sabemos que por norma todos os intelectuais ou têm pancada ou pendem para o álcool, e de vez em quando têm pensamentos grandiosos embora de utilidade nula.

O nosso querido José Saramago é um grande exemplo disso mesmo. Há uns meses atrás defendeu a integração de Portugal na Espanha, desta vez teve mais um pensamento e lembrou-se de repente de incitar ao levantamento popular a nível mundial de todas as mulheres, para que estas deixem cair o apelido do marido que conste no seu nome, e desafia Hillary Clinton a fazê-lo. Para Saramago o uso do apelido do marido é uma forma de diminuição de identidade pessoal e de acentuar a submissão da mulher.

Contudo, eu pessoalmente preferia a queima de cuecas, visto os soutiens já terem tido a sua época. Acho que seria mais interessante. Muito mais interessante, para ser franco.

De qualquer forma, vou dar uma pequena informação ao José Saramago, que tem o benefício da dúvida por viver em Espanha e não em Portugal. José, em Portugal há muito tempo que nenhuma mulher é obrigada a usar o nome do marido, grande parte já não o faz e inclusivamente há maridos que usam o apelido da mulher, não é necessário fazer disto uma bandeira das liberdades e garantias da mulher. E não nos podemos esquecer que fazendo desta ideia “regra”, no fundo é estragar o negócio a muita dondoca que por aí anda. Não vamos ser irreflectidos, José. Que crueldade para com as dondocas que não se ralam de serem minimizadas tendo a carteira cheia ou direito ao croquete naquela festa onde só entram mulheres diminuídas pelo apelido do marido, mas que por acaso são tratadas como realezas.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ultimas do Freeport.

Segundo a Sic Noticias parece que a polícia Inglesa quer saber se José Sócrates terá “solicitado recebido ou facilitado” pagamentos no âmbito do licenciamento do Freeport.


Eu no lugar das autoridades portuguesas colaborava da mesma forma que as autoridades inglesas colaboraram com a policia portuguesa no processo da Madeleine McCann. Esperava pelas cartas rogatórias e respondia-lhes daqui a dois anos.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Liberdade a mais. Imprensa pisa o risco.



Isto de deixarem o Cardeal D. Policarpo escrever ficção na imprensa, tem que acabar.

O que irão pensar as pessoas de bem.


Bom fim-de-semana a todos e boas leituras. Aproveitem. Ouvi dizer que vai estar um frio do caneco.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Quando se teima em não ver...


Em jeito de comentário ao último post que fiz, a blogueira Blueminerva enviou-me um e-mail onde o objectivo, segundo ela, é revelar a verdadeira causa da guerra entre o povo da Palestina e Israel.

Na altura li o e-mail e disse que faria um post acerca dele para comentar. Contudo, não me parece lógico fazer um comentário seja ao que for sem mostrar o motivo, neste caso o referido e-mail, sendo este blog de leitura pública, quem lesse o texto provavelmente acharia que estava incompleto ou não faria sentido visto o meu comentário ser de respostas directas a algumas questões que se levantam ou afirmações que na minha opinião estão deturpadas.
A apresentação original recebida por e-mail está em PowerPoint, aqui terão de clicar nas imagens para aumentar e ler.
Aconselho os pró-palestinianos, os pró-israelitas e até os indiferentes a ler o que está nas imagens. É sempre importante ouvir ou ler opiniões diferentes.
Mais abaixo, depois de uma pesquisa aqui outra ali, conto resumidamente a história do território.
A quem quiser ler talvez ajude a formular ou reformular opinião.


Comentário ás imagens:

A história não é tão simples assim. E a forma como é contada nesta apresentação, para quem não dispõe de mais informação, atingirá por certo o objectivo para a qual foi criada.
Antes de mais, que fique claro que não tomo partido de qualquer dos lados nesta guerra, até porque me considero católico, logo insuspeito, apenas não aceito a condenação de uma das partes e a protecção incondicional da outra.
Ambos têm direitos, ambos têm deveres.

Considero o exemplo entre Portugal e Espanha essencial para espicaçar as hostes contra o suposto invasor.
Aqui aparece a primeira distorção da história. Portugal e Espanha são países totalmente independentes e neste caso seria uma invasão. No caso da Palestina e Israel a história começa com dois povos que discutem um território, não com um país que invade outro.
Entre as armas arcaicas usadas pelos palestinianos a que o e-mail se refere, faltou fazer uma referência aos atentados terroristas com suicidas. Uma arma um tanto mais poderosa, que justifica as muralhas para a defesa de Israel.
É falso que os israelitas só tenham ido em 1945 após o Holocausto e o fim da 2ª Guerra Mundial para Palestina porque os políticos do ocidente queriam arranjar uma terra para eles. Esta informação transmite a ideia que os judeus nada têm a ver com a Palestina até esta altura.
A escolha do território palestiniano pelos israelitas é porque eles pertencem à região. São tão válidos os velhos livros Hebreus para os judeus, como o Alcorão para os muçulmanos.
Em 1945 Jerusalém era como é hoje, uma cidade santa não só para os palestinianos muçulmanos como para os judeus e para os cristãos.
O facto de Israel ser um Estado Judaico não significa fundamentalismo. É um país em que vigora a democracia ao contrario dos Estados Islâmicos que não são democracias e são fundamentalistas.
A maioria do povo palestiniano que vive nos campos de refugiados, foi obrigado a ir para estes locais para se resguardarem dos ataques que Israel sofreu e efectuou na Guerra da Independência e dos Seis Dias. Guerras provocadas pelos estados árabes com o objectivo de arrasar Israel.
O facto de Israel se valer da sua posição geográfica para obter apoio dos Estados Unidos, não surpreende. Israel tem subsistido cercada de espingardas apontadas ao seu território. É uma questão de sobrevivência. A Rússia por exemplo, tem utilizado o gás como arma para demonstrar à União Europeia que tem um poder que nós não temos. A Venezuela e o Irão usam o petróleo.
Em 1967 não se fez paz, fez-se guerra, a dos Seis Dias e é por este motivo que Israel ocupou novas terras, as do inimigo, incluindo a Cisjordânia.
O verdadeiro motivo pelo qual o Hamas quebrou a trégua com Israel ao fim de seis meses foi por constar este trecho na sua constituição:
“Não há solução para a questão da Palestina a não ser através da Jihad. Todas as iniciativas, propostas e conferências são uma perda de tempo e esforços vãos.”
“Israel continuará a existir até que o Islão o destrua e o apague da memória tal como já o fez antes a outros.”
Ver vídeo aqui.
Mais informação aqui.

Pergunto, o que levará o povo palestiniano e quem o defende acerrimamente a pensar que eles terão mais direito ao território palestiniano que Israel?
Ao contrário de Israel foram os árabes/muçulmanos que nunca aceitaram uma divisão pacifica.
Os Israelitas erraram por diversas vezes na história deste conflito, mas é também um erro enorme considerar que os palestinianos não têm culpa nenhuma. Têm e muita.
A resolução do problema não passa de certeza por culpar Israel, mas sim por garantir segurança ao povo israelita desarmando o Hamas e depois então obrigar Israel a cumprir rigorosamente todos os acordos celebrados.
Enquanto os palestinianos não baixarem as armas e não reconhecerem o Estado de Israel, não terão legitimidade para exigir nada aos israelitas, serão iguais, porventura piores que eles.


Um resumo da história do território palestiniano:

Os judeus não são tão recentes na Palestina como muita gente quer fazer crer, há mais de 3000 anos já lá andavam.
O povo judeu desde a sua aparição que tem sido escorraçado de tudo quanto é sítio por onde tem passado. Combateram pelo território palestiniano, ainda este não era assim designado. Chegaram inclusivamente a dominar o território completamente, tendo Jerusalém como capital do reino. Ainda assim posteriormente e durante séculos foram reprimidos e escorraçados diversas vezes no seu território por outros povos inclusive pelos romanos, mas só no ano 638 é que toda a região fica sob o domínio árabe/muçulmano.
A partir de 1517 é o Império Otomano que controla toda a região e é durante este domínio dos turcos a partir de 1880 que os judeus começam a regressar comprando terras e instalando-se.
Após a 1ª Guerra Mundial em 1917 com a derrota do Império Otomano, a Palestina, Israel e Jordânia foram atribuídos à Grã-Bretanha, que divide o território em dois distritos separados pelo Rio Jordão e os judeus apenas seriam permitidos em cerca de 25% do território junto a uma zona costeira. Os árabes dessa região rejeitam a divisão e a partir daí começa o conflito até aos dias de hoje.
A Inglaterra estabelece então uma administração semi-colonial, que apesar da Declaração de Balfour é reticente quanto à emigração judaica, tentando apaziguar a reacção da população árabe - receosa de passar a ser uma minoria, por um lado, e por outro sentindo-se traída pelas promessas feitas por Lawrence da Arábia durante a guerra contra os turcos a Faiçal, e depois quebradas.
A Declaração de Balfour é uma carta escrita em 2 de novembro de 1917 pelo então secretario britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, enviado ao Lord Rothschild sobre sua vontade de conceder ao povo judeu uma facilitação de povoação da Terra de Israel caso a Inglaterra conseguísse derrotar o Império Otomano.
A insatisfação é crescente entre os grupos de sionistas. Então, já em 1931, surge o primeiro grupo terrorista conhecido como tal, o Irgun. Essa força para-militar sionista consistia em apressar a criação do estado de Israel pela imposição da força, expulsar e massacrar os povoados palestinos que se recusavam a vender suas terras aos sionistas, tal como vemos aconteceu com vila Deir Yassin.
A ascensão do Nazismo e as perseguições aos judeus aumentam a pressão migratória sobre a administração inglesa, que, face a uma crescente oposição árabe, à qual não é estranha a ajuda nazi ao Grão-Mufti de Jerusalém, Mohammad Amin al-Husayni, na propaganda antijudaica, fecha cada vez mais os portos, chegando mesmo a repatriar emigrantes judeus para a Alemanha nazi.
No final da Segunda Guerra Mundial, os sobreviventes do Holocausto são impedidos de emigrar para a Palestina pela administração britânica. Os ânimos de ambos os lados exaltam-se e são acompanhados por uma escalada de violência que a Inglaterra já não consegue conter.
O aumento dos conflitos entre judeus, ingleses e árabes forçou a reunião da Assembleia Geral da ONU, realizada em 29 de Novembro de 1947, que deliberou a partição da Palestina em dois estados, um judeu e outro árabe, que deveriam formar uma união económica e aduaneira.
A 14 de Maio 1948 os israelitas declaram a constituição do estado de Israel, levando à declaração de guerra por parte de Egipto, Jordânia, Síria, Líbano, Arábia Saudita, Iraque e Iémen. Nos 19 meses seguintes, na chamada Guerra da Independência, Israel acabaria por perder cerca de 1% da sua população, mas sairia vencedora, formando um pais maior que o inicialmente proposto pelas Nações Unidas dois anos antes. Egipto e Jordânia ocupam o território restante.
Durante a Guerra árabe-israelense, estimulada pelos países árabes, a maioria da população árabe da Palestina foge para os países vizinhos (Libano, Jordânia, Síria e Egipto) em busca de segurança. Com a vitória de Israel, a maioria desses refugiados, cerca de 750 mil, fica impedida de regressar às suas terras.
Em 1964, o Alto Comissariado da Palestina solicitou à Liga Árabe a fundação de uma Organização para a Libertação da Palestina (OLP), cujo missão estatutária é a destruição do Estado de Israel.
Em 1967, Egipto, Jordânia e Síria mobilizam os seus exércitos, com vista à destruição do estado Israelita. Naquela que ficaria conhecida como Guerra dos seis dias, Israel derrotou os três exércitos em outras tantas frentes, ocupando a península do Sinai (Egipto), Montes Golam (Síria) e Cisjordânia (Jordânia), incluindo o total controlo sobre Jerusalém. Desde esse ano Israel adoptou uma política destinada a promover a instalação de colonatos civis israelitas, expropriando terras aos palestinianos e construindo as casas para os seus cidadãos. Esta atitude é uma violação da Convenção de Genebra, que proíbe os vencedores de uma guerra de colonizar terras estrangeiras anexadas.
O presidente americano Jimmy Carter, em 1978, juntou o presidente egípcio (Sadate) e o primeiro-ministro israelita (Begin) em Camp David, afim de estabelecer o primeiro tratado de paz de sempre entre israelitas e árabes. Foi aqui acordada a devolução da península do Sinai, retirando os colonatos aí existentes, bem como o restabelecimento de laços políticos e económicos.
No ano de 1982, Israel devolve a península do Sinai ao Egipto.
A partir daí, entre intifadas, tiros e pedradas, os anos seguintes foram sempre iguais, acordos aqui e ali sem serem respeitados de parte a parte. Violência e mais violência até que em 2005 Israel retirou os colonatos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. Mas como o problema principal não é Gaza, a situação na região continuou a ser igual ao que sempre foi e muito provavelmente será.


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

É por tudo isto.


É por isto que considero o pedido de cessar-fogo inútil.

É por isto que considero o pedido de paz inútil.

É por isto que cada vez que sou tentado a criticar Israel, arrefeço.


In Destak 20.01.2009


Querem com isto que tenha pena deles?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Adenda ao post em baixo.

Acabei de assistir à posição do Bernardino Soares do PCP na SIC Noticias relativamente à polémica das declarações de D. José Policarpo e como não poderia deixar de ser e é seu hábito, foi sensato. Assumindo bastantes divergências com o Cardeal Patriarca de Lisboa segundo ele, D. José Policarpo é das várias personalidades da Igreja Católica aquela que demonstra mais abertura e não crê que o que foi dito seja com intenção de fomentar alguma querela com a comunidade muçulmana, acha que as declarações não devem ser generalizadas e que foram ditas dentro de um contexto não as valorizando assim ao ponto de gerar polémica. Mostrou-se bem mais preocupado com o facto de ter ficado com a impressão pelas afirmações do Cardeal de haver alguma dificuldade de comunicação e relacionamento com a comunidade Islâmica em Portugal.
Vincou mais uma vez o apoio incondicional à defesa de todas as liberdades e garantias a todas as mulheres.
Esta opinião vindo de quem vem acaba por demonstrar seriedade e personalidade, algo que nunca duvidei que tivesse, e dá ainda uma lição aqueles que se mostram mais papistas que o Papa e no fundo são apenas populistas e complexados.

Realismo puro!

Antes de se formular uma opinião acerca de quem proferiu as declarações, aconselho vivamente a ouvir na íntegra a reportagem, perceber o contexto de onde foram retiradas as frases que fazem manchetes de jornais e reflectir. Nada, rigorosamente nada é falso do que ali é dito. Só que nem todos têm estofo para o dizer de uma forma tão frontal.
Ainda assim muitos poderão chamar-lhe os nomes depreciativos que quiserem, eu chamo-lhe corajoso, realista, pragmático, sincero e sério, embora politicamente incorrecto. Mas como eu também sou, admiro-lhe a posição que tomou perante uma sociedade com o direito à opinião castrado à nascença, sociedade onde não se é verdadeiramente livre na expressão com medo de ferir as susceptibilidades seja de quem for só por dizer o que se pensa.
Aconselho também a ouvir as posições de D. José Policarpo aqui, relativamente a outros temas tais como a guerra em Gaza e o diálogo entre as religiões.



terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ui! Que donzela.

Ainda em relação à gala de ontem onde a Fifa entregou os prémios relacionados com futebol e Cristiano Ronaldo arrecadou o troféu de melhor do mundo, houve uns momentos deliciosos que me deixaram absolutamente deslumbrado.

Para mim o ponto alto da gala, mais que a entrega do prémio ao melhor jogador do mundo foi a entrega do prémio a Marta, a melhor jogadora de futebol do mundo.

A delicadeza com que aquela moça se deslocava em cima de uns sapatos de salto alto, deixou-me deslumbrado. O andar de perna aberta, o puxar o sapato do chão como se fosse um tijolo… fantástico. Feminilidade no expoente máximo. Adorei.

CR7


Fiquei satisfeito com a notícia e por isso não posso deixar de fazer uma referência ao Cristiano Ronaldo que conseguiu finalmente o troféu que lhe faltava a título pessoal. O Melhor do Mundo.

Bem, para ser franco considero este troféu apenas o reconhecimento publico pelo lóbi do futebol mundial, daquilo que todos sabíamos há muito tempo e que já aqui eu tinha criticado.

Parabéns Cristiano Ronaldo e obrigado por fazeres ouvir por esse mundo fora o nome de Portugal.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Rendo-me.


Pronto está bem, eu rendo-me. Eu hoje desmancho a árvore de Natal.

Alguém me explica para que raio serve tanto frio? Ainda por cima sem neve!

Janeiro…Bah!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Gazes de Gaza…e do resto do mundo.


“Líderes mundiais apelam ao cessar-fogo em Gaza.”

Que frase fantástica. É manchete em jornais. Fica-lhes bem, aos líderes.

Aliás, isto faz parte do papel da personagem que cada líder de cada país tem.

Pedir a paz é apenas uma formalidade. E é apenas uma formalidade porque quem a pede também sabe que é inútil pedir. A hipocrisia no mundo abunda.

Sejamos honestos, alguém acredita que a maioria da população do mundo está deveras preocupada com as bombas que caem em Gaza ou fora dela?

Tendo o nosso país como amostra, acham que a maioria da população (segundo a lenda) se preocupa com isso depois do Benfica ter perdido com o Trofense?

Para seis milhões isso sim é uma catástrofe, ainda por cima e por consequência perdem a liderança do campeonato para um clube que conseguiu juntar para assistir a um simples treino 4000 pobres de espírito no dia de ano novo debaixo de uma chuva torrencial. Querem maior desastre?

A diversidade de seres humanos que existe no planeta, ainda que grande, não chega a ser suficientemente generosa para albergar um bom numero destas criaturas em que o seu ser vá para além da palavra humano que os caracteriza.

Ainda assim, desta vez não fiquei zangado com o nosso governo relativamente à posição que tomou quanto à guerra. No meio de todo este teatro para não correr o risco de errar adoptou o papel que adora e mais vezes usa em questões internacionais, o de “Transparente”, não diz declaradamente quem acha que tem razão para que passemos despercebidos, e cumpriu o resto do seu papel pedindo também o cessar-fogo.

O problema no meio de tudo isto é que a parte do mundo que pede o cessar-fogo é a que não está em guerra, de resto como é normal, e quem está em guerra não está minimamente interessado no cessar-fogo, posição que também nada tem de anormal infelizmente.

Nada disto é novo, tem acontecido inúmeras vezes em diversos cenários de violência. Daí ser inútil o pedido. Pede-se por pedir. Mas querem fazer-me crer que um islamita do Hamas ouve o Papa Bento XVI? Está tudo doido ou quê?

Muito se tem opinado e analisado na comunicação social acerca do assunto. Falam entendidos, outros nem tanto. Mas algo que acho curioso é quando oiço dizer que a força aplicada por Israel é desproporcionada, mas nunca é sugerido o modo de a proporcionar.

Acusam Israel de matar civis. É verdade, também morrerão alguns certamente e infelizmente. Mas é bom lembrar que o Hamas é constituído por palestinianos que só matam civis em Israel.

Acusam Israel de não cumprir acordos internacionais devido à possibilidade de muitas mortes civis. Meus caros, nunca existiram guerras limpas, nem vão existir, por isso se chama “guerra”.

Será jogo limpo o Hamas diluir-se na população, não usar farda militar, utilizar escudos humanos, utilizar hospitais e mesquitas como postos de comando ou armazéns bélicos?

Alguém questiona o povo palestiniano pelo facto de enviarem rockets sem conta e indiscriminadamente para território Israelita cada vez que lhes apetece?

Será o povo palestiniano digno de ajuda depois de apoiar uma organização terrorista e a sua ideologia em riscar Israel do mapa?

Que fique claro, o Hamas em nome da Palestina por quem é apoiado, anunciou que não renovaria tréguas com Israel e tornou a ser uma vez mais o primeiro a atacar.

É inconcebível que se continue a dar cobertura a todos os crimes e atrocidades que a Palestina comete sobre Israel e que se condene um país e um povo que é alvo sistematicamente de ataques terroristas apenas porque se recusa a dar a outra face.

A história resume-se a isto:

A Palestina pediu através do Hamas, Israel está a dar.

PS – A União Europeia garantiu três milhões de euros para os palestinianos. Perguntaram a algum de vocês se queriam enviar dinheiro para lá? A mim não.

Não chegará o dinheiro e apoio do Irão?

sábado, 3 de janeiro de 2009

Aí está 2009!

E pronto, já entrámos.

Se o mês de Dezembro é para mim o melhor, Janeiro… nem me apetece comentar. É deprimente. E depois, é enorme, tem logo quatro semanas e meia só para castigo de quem andou a gozar o mês anterior.

Para falar verdade dá-me a sensação que ainda estou em 2008. Comenta-se exactamente o mesmo que se comentou em Janeiro do ano passado e discute-se exactamente o que se discutiu em Dezembro de 2008. Às vezes penso se todos estes festejos para a mudança de calendário não serão apenas um pretexto para apanhar uma piela jeitosa. Se bem que a piela faz sempre sentido, seja para festejar o abandono de um ano desgraçadamente político / social / financeiro / económico / desportivo ou para anestesiar a entrada do novo ano que se adivinha miserável politicamente / socialmente / financeiramente / economicamente / desportivamente.

A anestesia faz falta para encarar o primeiro dia do ano seguinte, é que enquanto a maioria bate panelas e engole passas empurradas com espumante a pedir os mesmos desejos do ano passado, andam os gananciosos do costume a mudar tarjas de preços como se a crise para eles se tivesse agravado ás 0h01m. Pelo menos cá por Portugal é tradição, se mudas de calendário pagas mais qualquer coisa por qualquer coisa. É a crise, mesmo quando não há crise. Enfim…

Feliz Ano 2009 a todos.