segunda-feira, 2 de março de 2009

Mais uma aventura no simplex! Dasss…

Não sou diferente dos outros portugueses e de vez em quando dou uma voltinha no Simplex.

A última vez que lá andei foi assim:

1º Capítulo

O inicio da voltinha.

A instituição Segurança Social não havia muitos dias tinha-me pregado uma valente inquietação quando abri a carta com o cheque do abono da minha “Pinokinha” e vejo que no valor falta cerca de metade. Metade! Ele já é uma miséria, mas metade, acho que qualquer um dá por falta.
Após o choque inicial e mais uns adjectivos a quem de direito, acalmei, e pensei “Tens que arranjar um bocadinho de tempo para ires á Segurança Social ver o que se passa e pronto, esquece por agora e depois resolves.”
Entretanto, uns dias depois numa habitual visita á caixa do correio deparo-me com uma carta da Segurança Social.



Cópia da carta enviada pela S.S. carimbada como comprovativo.

Análise á carta:

1º Recebo uma carta a 26.01.2009 datada de 29.11.2008.
2º Acusam-me de não apresentar rendimentos e nem sequer me pediram como é hábito fazer.
3º Segundo aquele texto todo, tenho determinado tempo a partir da data da carta, para reclamar ou resolver algo que já não posso.
4º A carta não vem registada, logo, como justificar a recepção só agora?
5º Depreendo finalmente o porquê da minha filha só ter direito a metade do abono.
6º Arranjei tempo no dia a seguir á recepção da carta, para ir á Segurança Social.
7º O objectivo da ida á Segurança Social é virar o Areeiro ao contrário, mediante a interiorização de toda a situação.

2º Capítulo

A chegada à Segurança Social.

Perante um edifício daquele tamanho com tanta gente na rua como lá dentro, resolvi entrar na primeira porta. Acertei.
Uma fila enorme para tirar senha. De seguida indicam-me outra fila do mesmo tamanho para ser atendido, mesmo com senha.
“Mas para que raio vai um tipo para uma fila com a senha na mão?”, pergunto-me.
“Ah! Já percebi, não há visor com numeração. É normal.”, Respondo-me.
Entretanto reparo que além de mim, havia mais contemplados com uma carta como a que recebi e com direito a cheques mais pequenos.
Na realidade, para mim naquele momento foi meio alivio, já não tinha de justificar a data da carta e o recebimento desta, da qual não tinha culpa. Não estava sozinho.

3º Capítulo

O atendimento.

Após hora e meia chega finalmente a minha vez. Não tive que dizer nada, mandaram-me na para outra fila a fim de ir buscar e preencher um impresso. Nada mais nada menos que a Declaração de Rendimentos.

Lá fui, preenchi, e ao entregar pergunto:

“O que quer dizer esta carta com esta data?”
“Quer dizer que não entregou a declaração de rendimentos.”
“Mas… não recebi nada pelo correio como é hábito para o fazer, nem recebi qualquer indicação que o deveria fazer voluntariamente.”
“Pois não.”
“Não percebo.”
“Deveria de haver cruzamento de dados. As finanças deveriam ter-nos enviado a sua declaração de rendimentos e não o fizeram. Por isso recebeu a carta para o fazer.”
“E o dinheiro que me retiraram no última prestação do abono? Vão devolver, certo?”
“Se tiver razão.”
“Se tiver RAZÃO?!”
“Calma. Não estou a dizer que não tem.”
“Ah! Bom…”
“PRÓXIMO!”

Duas horas e meia depois e uma manhã perdida, resolvi (espero) algo que antes do Simplex não me fazia perder mais que dois minutos e nem tinha que sair de casa a não ser para devolver o impresso preenchido pelo correio com taxa paga.


Sócrates, e que tal enfiares o Simplex no…?



8 Pinokadas:

Alex disse...

Oh pá, lá estás tu...
Mas queres coisinha mais simples?
Só tiveste de esperar, o que não é considerado trabalho, antes pelo contrário é "não ir trabalhar", e de preencher um papelinho.
Nem teste de ADN para provares a paternidade, nem declaração do tribunal de família para provares que tens mesmo a criança contigo; nada - nem mesmo tiveste de levar a menina para mostrar que não a inventaste... E ainda refilas?
Se calhar querias que aguardassem o tal cruzamento de dados e depois fizessem uma retificação, caso houvesse lugar a isso...
Mandarem o impresso pelo correio para ser devolvido? Estás tótó ou quê? Isso eram DUAS viagem de correio! E se se extraviava?
Assim foi logo tudo ali, entre 3 ou 4 filas. Simples!

Agora, essa parte do Sócrates já acho bem; seja o que for que ele enfie acho bem. (simplex ou até complicadex, a pilhas e com bicos metálicos ponteagudos)

Abrenúncio disse...

A última vez que entrei num simplex foi num hospital. Também é engraçado.

João António disse...

Cada dia estamos melhor! E não teres que fazer prova de vida foi uma sorte ...há é sempre melhor levar o mp3 !
Abraço

O Pinoka disse...

Alex

Vendo pelo teu ponto de vista, és capaz de ter razão.
E a metade duas prestações do abono que tem na conta deles e que são da minha filha? Ah! Já sei. Foi sem querer, nem lhes passou tal pela cabeça.
Quanto à parte do miminho ao Sócrates, diria talvez que és...cruel. Tadinho.
Beijocas


Pitosga

Tens toda a razão. Também já experimentei e é muito divertido.
Abraço


Tijoão da Tasca

E andam os filhos da mãe a gabar-se do Simplex. E prometem mais. Até tenho medo.
Abraço

Diabólica disse...

Também tive na loja do cidadão na segunda e sei bem a que te referes.

hei-de contar a situação num futuro post.

Mas, não dês ideias a essa filho da p****, porque no cu já é com ele.

Cabrão de merda.

Beijinhos.

Anónimo disse...

Ó pinoka francamente, estáva convencido que sabias o nome do país que vives! Mas eu digo-te: PORTUGAL. Já agora em relacção ao simplex só conheço um; A Assemblei da Relaixança sita lá para os lados de S. Bento, todos os outros chamam-se complicadexes. Um Abraço

O Pinoka disse...

Diabólica

Continuas diabólica.Hehe!
Beijocas


Relaixo

Se há coisa que o meu país não tem culpa, é de ter quem tem a governa-lo e a eleger governantes.
Abraço

Susana Anastácio disse...

De enfiar qq no ele até era capaz de gostar :p ... dizem as más línguas!

Beijinho