quinta-feira, 16 de abril de 2009

A ditadura do útero.


Tenho feito referência a este assunto aqui no blogue sempre que se celebra o dia do pai. Para mim é muito preocupante. Infelizmente muita gente só lhe atribui a devida importância quando passa por alguma situação pouco agradável.

Hoje no debate da SIC conduzido por Rodrigo Guedes de Carvalho, o tema foi “Os filhos do divórcio”, e aborda exactamente o problema que tem sido a causa do meu protesto.

Um debate de extrema importância. Uma ajuda para acabar com alguns conceitos socialmente fora de moda, mas que teimam em persistir.


11 Pinokadas:

Leonor disse...

Ainda ontem desabafei sobre esta questão e tenho muita pena de não ter visto o programa. Na minha profissão, assiste-se a coisas tremendas no que respeita a este tema e os Juizes não estão definitivamente preparados para guardas conjuntas e outras formas civilizadas de resolver estes assuntos.

Beijinhos

amor de uma mae disse...

eu vi o programa e gostei muito do que foi dito
acho que a solução passa definitivamente pelos pais
pai e mãe
como disse a psicóloga
a criança é um cidadão com direitos
o problema é que os pais acham que os filhos são propriedades dele

alfabeta disse...

Já vi que não és adepto de modas, lol
Não vi, mas acho bem que sejam os dois pais a repartir a custódia os filhos.

Assim, concordo, as crianças precisam dos dois pais presentes.

Sou filha de pais separados e foi-me difícil inicialmente não ter os dois juntos.

Mas continuo a dizer que as mães têm mais dedicação aos filhos do que muitos pais, infelizmente.Não foi o caso do meu, que até nunca nos deixou faltar com nada, felizmente e adoro o meu pai.

A custódia conjunta, nunca tirarem um filho a uma mãe.

O Pinoka disse...

Mlee

Não sei se algum dia os juízes estarão preparados. Pelo menos em quanto se decidir pela mesma matriz, com medo de se deixar de passar despercebido, utilizando como capote a rigidez e frieza com que os livros são escritos, não me parece.
Bjocas


amor de uma mãe

O problema é que a solução desejada, que são os dois progenitores de acordo, é muito rara. Ou não fosse o motivo do divorcio exactamente o desacordo.


Alfabeta

Já conheces a minha posição em relação ao assunto. Temos discutido o tema.
Se tiveres um bocadinho de tempo e paciência, sugiro que vejas o programa. Vale apena e vais ver que não sou o único a defender a posição que defendo e que há motivos bastantes para tal.
Bjocas

alfabeta disse...

Vou tentar ver o programa.

Esta música é um espectáculo, dona de uma grande voz,nem parece voz de negra.

:)

alfabeta disse...

Lembrei-me agora, ao ler o comentário da mlee, que o que podemos esperar dum país onde o sistema tira uma criança de 3 anos a uma família temporária, que toma conta dela desde os 9 meses e que a acolheu como própria filha( agora bloquei)daquelas que tomam contas das crianças para adopção(lembrei-me, família de acolhimento).
Porque é que estas famílias não podem adoptar estas crianças, se lhes deram atenção e amor e até a quem a criança aprendeu a amar e confiar?

Um país e merda, que defende os direitos das crianças e que depois comete esta injustiça, só porque o sistema é assim.

Quem sofre sempre mais, são as crianças. Não suporto que ponham o bem estar emocional da criança.

O Pinoka disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
O Pinoka disse...

Alfabeta

Isto está tudo ao contrário e ninguém se toca.
Esse problema que referes da adopção é uma realidade e é algo tão estúpido que se torna até embaraçoso sugerir soluções para coisas tão evidentes.
Depois de veres o programa diz-me o que achaste.
Bjocas

alfabeta disse...

Estou a ver neste momento.
Tu és um pai no verdadeiro sentido da palavra e pertences a uma minoria infelizmente, eu conheço muitos pais que quando se separaram, nunca mais quiseram saber das necessidades dos filhos e é raro uma mãe fazer isso, daí a mentalidade não ter mudado porque os homens não mudaram e não dão o bom exemplo. Mesmo os que não estão separados é o que é, ainda ontem uma amiga minha estava a desabafar comigo e a queixar-se do marido a dizer que não ligava nenhuma aos filhos.

No meu caso, se deixo os meus filhos um dia sozinhos com o meu marido, só comem porcarias e é um pai preocupado e se estão doentes é pior do que eu.

Há pais que merecem e outros que não.


Sou a favor da guarda conjunta desde que tanto um como outro sejam capazes.
Agora , há casos e casos e o bem estar da criança acima de tudo.

alfabeta disse...

Outra coisa, recebo na empresa muitas cartas do tribunal a ordenar que se retire uma parte do ordenado de colegas meus para a pensão dos filhos em atraso, não se admite, estão a trabalhar e ganham bem.Se não cumprem com uma obrigação que devia ser um dever e gosto, fará se estivessem com os filhos!
Dá pano para mangas,a maioria dos homens ainda acha que os filhos têm que ficar com a mãe, eles próprios não se vêem no papel de agora faz comidinha, agora dá o banhinho, etc, etc, A culpa é da maioria dos homens.E por uns pagam os outros.

O Pinoka disse...

Alfabeta

Se existem reclamações da parte dos homens, é porque não há justiça.
Pais que não querem saber dos filhos, não vão para o tribunal discutir a guarda, cedem de bom grado só para não os chatearem. Agora, se alguém vai a tribunal exigir o mesmo direito que a mãe, pode merece-lo tanto quanto ela. Não há motivo para se partir do princípio que a criança é mais bem tratada pela mãe.
A minha posição resume-se simplesmente a um simples facto; se há homens que demonstram desinteresse pelos filhos ao abandoná-los, também existem mães capazes de os matar à nascença. Será que aqui também se aplica a “velha” máxima de que mãe é sempre mãe?