sábado, 26 de setembro de 2009

Vá-se lá ser boa pessoa, não é Paulinho?


Então o CDS-PP, um partido (segundo dizem) pouco amigo das etnias, tenta demonstrar que acolhe bem qualquer raça, e fazem-lhe isto?

Um insólito nunca vem só…

A candidata do CDS-PP para a autarquia de Moura, convidou dois ciganos para a sua lista.

Perceberam ou querem que escreva outra vez?

Vou lembrar: o CDS-PP/Paulo Portas, não gosta de grandes cocktails com outras etnias, e meteu dois ciganos na sua lista.

Até aqui, embora insólito, tratando-se de quem se trata, era aceitável e poderia ser até uma grande acção.

Só que... os ciganos foram logo apanhados pela GNR a gamar uns fardos de palha!

E sabem a quem?

Ao candidato da outra lista.

Ganda pontaria!


Quanto a isto dizer o quê? Está-lhes no sangue...
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Manuel Alegre, a esposa e a amante…


Alegre tem charme. É-lhe reconhecido em qualquer lado. Poeta, escritor, culto, bem-falante e educado, é vivido e afamado. Mas é homem.
O facto de ser homem, por si só não o desculpa, mas inegavelmente é uma fraqueza, e elas sabem-no.
Manuel tem dois amores. Melhor, talvez tenha um só amor e uma dúvida.
O amor de sempre, de toda uma vida, aquela que lhe proporciona estabilidade familiar onde é acolhido mesmo depois de ceder com fraqueza ao ataque feroz dos sentidos, quando sente a outra.
Alegre, sabe que quando regressa casa depois da traição, mesmo que traga ainda o leve odor da outra agarrado á pele, a de sempre o perdoa e finge não saber. Finge para que nada caia. Em casa todos fingem normalidade, que não há mais ninguém nem mais nada, que a outra não existe. Querem-no inteiro, ele é um dos pilares da casa, não insinuam sequer, só para não o perder.
Mas Manuel, tem o coração apertado. Enquanto a de sempre lhe dá afecto, amizade e estabilidade, a outra, mais nova, ousada e descabida, o tira do sério, quando o faz regressar ao passado e sentir o êxtase dos bons velhos tempos.
A outra, mesmo temendo que ele não largue a de sempre, tenta não pressionar, dá-lhe espaço, deixa-o decidir sem o consumir, com a esperança que ele fique definitivamente, quando chega sem avisar para mais um desejado encontro.
Alegre indeciso, com a cabeça às voltas e o coração aflito, enquanto a racionalidade e o sentimento se diluem, deseja não perder nenhuma, e tenta agradar as duas.
Insinua esperanças de “um dia talvez” á outra, e mantém-se fiel á de sempre, voltando a casa ainda que a horas tardias.
O que consola o espírito a Manuel, é o conhecimento profundo de que vale um milhão de votos e enquanto a de sempre se chamar, Ideologia do PS e a outra, Ideologia do BE, ele poderá contar com a
mesa num lado e a cama no outro.



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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Os candidatos num saco de Gatos.


Esta campanha para as eleições, tem a particularidade dos Gato Fedorento terem a visibilidade que não tinham há quatro anos atrás. Entretanto os gatos cresceram muito, mas felizmente, ainda têm graça na maioria das vezes, se bem que a escolha dos bobos começa a ser visivelmente selectiva e reincidente, e isso não abona a favor.

Ainda assim, são de tal forma importantes na boa disposição dos portugueses que há quem afirme que estas entrevistas aos políticos no novo programa “Esmiúça os Sufrágios”, serão mais importantes nas campanhas para as eleições que se avizinham, do que os debates recentes já esquecidos pela maioria da população.

Na minha opinião, poderão servir para ganhar simpatias ou antipatias pontuais não mais que isso, não decidem nada e espero ter razão.

De qualquer forma as entrevistas bem esmiuçadas mesmo não revelando a honestidade de cada um, lá vão conseguindo revelar a sua postura num cenário de exame oral.

Agora que estão concluídas as entrevistas aos lideres dos principais partidos candidatos ás eleições legislativas, a minha avaliação ao desempenho dos entrevistados é a seguinte:





José Sócrates: Artificial. Não era necessário representar, para ter piada estão lá os Gato.






Manuela Ferreira Leite: Escolheu a melhor postura, foi natural e safou-se. Não deve de haver registo de imagens da senhora na televisão com sorrisos tão abertos.







Paulo Portas: A televisão é o seu habitat natural e isso permitiu-lhe divertir-se gargalhando e fazendo campanha ao mesmo tempo.






Francisco Louça: Demasiado sério para um programa de humor. Gargalhadas forçadas em jeito de agradecimento pela suavidade da critica.







Jerónimo de Sousa: A simplicidade do costume. Divertiu-se visivelmente. Para quem come criancinhas mostra-se sempre muito afável.


domingo, 20 de setembro de 2009

È uma grande chatice, que uma pessoa supostamente imperfeita ideologicamente, acabe por ser mais coerente com os teus pensamentos que tu mesmo, não é?



Ai Louçã, Louçã…

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Porque é que será que hoje a entrevista dos Gato não teve tanta piada?



terça-feira, 15 de setembro de 2009

Conforme prometido no post anterior.


Ora então onde é que o profissionalismo dos Nadadores Salvadores de Quarteira se nota?

Nota-se e é bem visível, quando são chamados a proteger a área do patrão. E eu, também aqui sou testemunha.


Perguntam vocês: - E quem é o patrão?

O patrão, é tipo que “compra” a praia durante a época balnear.


Todos sabemos que aquilo por acaso é público, mas eles acham que nós temos que cumprir as regras deles, e só podemos estar no areal como eles entendem. Isto porque a Direcção Regional do Ambiente (suponho), lhe vendeu a praia e se esqueceu que vendeu uma coisa que não é dela. Acontece em todas as praias, supostamente locais públicos. Parece confuso mas não é.

È legal. È uma sacanice mas é legal. Aliás, como todas as sacanices em Portugal.


A Direcção Regional do Ambiente cobra um determinado valor a alguém que se denomina como concessionário , e assim, autoriza este a usufruir da praia e a ganhar dinheiro da maneira que lhe der mais jeito, desde que se comprometa a financiar e a garantir a segurança e vigilância na praia.

È óbvio que a grande maioria dos concessionários se está a cagar pura e simplesmente para os banhistas, e tanto se lhes dá como não que alguém se afogue, é preciso é que antes tenha pago a palhota da sombra.


Na Quarteira, chegamos á praia numa manhã de Verão, com um sol abrasador. A praia está cheia. Mas…curiosamente está cheia só em três sítios. Nas zonas dos chapéus-de-sol.

Lá está o tal explorador que aluga palhotas no início do areal, em duas zonas por ele delimitadas e que funcionam como garrotes (clicar na imagem) que ficam justamente a intercalar as três fatias de areal para chapéus-de-sol, onde o povo é mantido como gado em cima uns dos outros. Acontece, que por mero acaso, aquelas duas zonas restritas para ricos, juntas, são maiores que as três fatias para pobres, típico.


Por acaso num dos dias que lá estive, mesmo indo contra os conselhos das mulheres do grupo, que previam confusão, marrei que havia de ter sombra nas mochilas onde levávamos a água e o comer das crianças, mesmo que não fosse na área de chapéus-de-sol, visto esta estar á pinha.

Após abrir o chapéu, mesmo sem o montar ou espetar na areia, deixando-o só encostado ás mochilas, tentando assim não chamar á atenção dos funcionários de serviço, ainda estava de cócoras e já tinha um Nadador Salvador a salvar o negócio do patrão:


- Esta não é zona de chapéus-de-sol, por isso tem que o fechar se quiser ficar aqui.

- Oiça, ninguém vai ficar debaixo do chapéu a usufruir de sombra. Temos dois chapéus-de-sol, um está fechado e este só o vou deixar caído e encostado ás mochilas porque lá dentro está o comer e a bebida das crianças, e além disso estamos a 2 metros da área limite. È uma questão de bom senso.

- Já lhe disse que não pode. Já mandei outras pessoas embora pela mesma situação. Tem que sair.

- Pois é. Mas é que eu não saio e não fecho o chapéu, se quiser chame a policia.


È óbvio que quem estava comigo também se exaltou pela falta de bom senso do indivíduo o que levou a que aumentasse a discussão e fossemos mesmo falar pessoalmente com o “dono” da praia do Pontal na companhia do seu empregado. Após uma acesa troca de palavras, o “dono” da praia do Pontal, muito provavelmente para evitar maior barraca do que aquela que já havia, acabou por aceitar que ali ficássemos rematando a discussão:


- Ok. Se dizem que estão perto da área limite podem ir para baixo que eu já lá vou ver. Eu já lá vou.


Claro que não foi.


Embirro quando me tentam tratar como carneiro.


Porém, há que enaltecer a forma como o Nadador Salvador do I.S.N. desempenhou a sua função ao teimar comigo até não poder mais, não que ele esteja ali para aquilo, mas pronto, quem manda é quem paga, e no caso das nossas praias são os concessionários que pagam.

Apesar de tudo, os miúdos do I.S.N ainda se vão distraindo a jogar voleibol e futebol na praia, não que seja legal, é verdade, assim como também infringem as regras por andar semi-fardados, mas também no meio de tanta ilegalidade o que é que isto pode interessar.


As imagens mostram a Nadadora Salvadora da praia do Pontal em Quarteira no Algarve, apenas com os calções ou seja, metade da indumentária, e a jogar voleibol e futebol enquanto estava de serviço.





sábado, 12 de setembro de 2009

Algarve. Sabem qual é o verdadeiro perigo para os banhistas em Quarteira?


Imaginem que enquanto nadam ou brincam com os vossos filhos ou amigos dentro de água, alguém repentinamente, é atingido por um arpão.


Pois é, na Quarteira, mais exactamente na praia do Pontal, pratica-se pesca submarina junto aos “molhes” da praia. Os “molhes”, para quem não conhece, são os vulgares pontões feitos de pedras e rochas que formam reentrâncias no mar conforme a imagem mostra (clicar na imagem).


Agora, querem saber a parte bizarra do problema?

Quem pratica caça submarina junto á praia, perto dos banhistas durante o dia, são os Nadadores Salvadores do Instituto de Socorros a Náufragos.

Leram bem, foi isso mesmo que quis dizer N-A-D-A-D-O-R-E-S S-A-L-V-A-D-O-R-E-S.

Provavelmente ficaram tão espantados como o agente da polícia marítima com quem falei por telefone quando fiz a denuncia.

Sabem como fiquei a conhecer um destes animais que pratica este crime com frequência e com a conivência dos colegas de função? Eu conto.


Era mais um grande dia de praia, estava eu mais um amigo a praticar Snorkeling e a apanhar umas conchinhas dada a exigência da minha Pinokinha, quando reparamos num individuo a entrar no mar encostado ás rochas, equipado a rigor para a caça submarina.

Enquanto isso, em cima do “molhe” aparecera uma Nadadora Salvadora que o seguia.

Ao ver o indivíduo entrar na água armado, de imediato saímos nós, não tinha a mínima vontade de correr o risco de ser atingido acidentalmente pela arma.

Dirigi-me á vigilante do I.S.N que o seguia com a visão e disse-lhe o que ela já sabia:

- Aquele senhor não pode pescar aqui com aquela arma.

Ao que ela me respondeu:

- Pois… já estou farta de o avisar…mas ele não liga…

- Então chame as autoridades. – Disse-lhe eu.

Encolheu os ombros e continuou a segui-lo com o olhar. Teve esta atitude passiva durante todo o tempo que ele lá esteve a caçar sem o tentar impedir. Toda esta situação fez-me imensa confusão mas acabei por esquecer.

Passadas umas horas, enquanto comíamos umas sandochas em amena cavaqueira debaixo das sombras dos chapéus-de-sol com a criançada, eis que se aproxima um Nadador Salvador, vestido a rigor, a comer uma bolacha descontraidamente e nos questiona:

- Boa tarde! Foram os senhores que há bocado disseram alguma coisa acerca de alguém que estava caçar no mar junto á praia?

Ao que o meu colega P. respondeu:

- Agora é que você aparece? A esta hora o tipo já deve ter almoçado o peixe que apanhou.

- E os senhores viram quem era? Conhecem-no?

-Não! – respondemos em coro – Ele já estava equipado com a mascara. Mas vimos o peixe que apanhou.

È então que ele responde com ar sarcástico:

-Era eu.

Na altura, completamente aparvalhado com aquele descaramento todo, apenas tive como reacção uma bela gargalhada e a única coisa que me saiu foi:

- Isto não é normal, pois não?

O meu colega P. que tem um “bocadinho” menos de paciência que eu, chamou-lhe logo parvo. E enquanto o P. lhe chamava parvo eu perguntava-lhe se conhecia a lei, ao que me respondeu:

- Pode-se caçar ali sim senhor. E tenho ali a licença se a quiser ver.

Tornei a dizer-lhe:

- Não, não quero ver a licença. Você é Nadador Salvador e não conhece a lei. Não sabe que não pode caçar com a arma perto da zona de banhistas? È praticante de pesca submarina e não sabe que tem um numero de metros delimitado por lei que o proíbe de o fazer junto á praia?

Entretanto levantou-se e foi-se embora quando se apercebeu que o nosso tom de vós engrossou significativamente.


Mas o mais caricato de toda a situação, é que além de toda esta provocação, no dia seguinte foi pescar exactamente nas mesmas circunstâncias. Aqui acabámos-lhe mesmo com o dia de pesca, liguei para a Policia Marítima e quando se aperceberam que eu estava ao telemóvel, abandonaram o local.


È claro que para estes animais irresponsáveis que trabalham para o I.S.N. sofrerem sanções legais, tem de ser apanhados em flagrante, tal como me disse o agente com quem falei, de qualquer forma afiançou-me que iriam tomar conta da ocorrência e que iriam deslocar-se ao local. Espero que o tenham feito.


Resumindo, o "modus operandi dos asnos é o seguinte:

Vão pelo menos dois. Um vai caçar e o outro fica a vigiar em cima do “molhe” para na eventualidade de aparecer alguém indesejado. Em caso de alerta o mergulhador passa a arma a quem está em cima já em terra e este fá-la desaparecer rapidamente enquanto ele sai a nado pelo outro lado.


Como vêem, para assar uns Sarguetes que nem tamanho legal têem para serem apanhados, é simples e eficaz. Pelo menos até acertarem em alguém por engano.


Meus amigos, são estes anormais que são pagos para vigiar os banhistas como vocês e como eu. È a este tipo de gente em quem temos de confiar a nossa segurança na praia.


E agora perguntam vocês:

Então, e além disto os Nadadores Salvadores não fazem mais nada na praia?

Fazem. E posso garantir em que função os Nadadores Salvadores do I.S.N. da praia do Pontal em Quarteira, são bons.


Sai no próximo post.

domingo, 6 de setembro de 2009

ALLGARVE, o céu e o inferno.


Continuo a afirmar cada vez com mais convicção, que, tirando os recursos naturais, o Algarve é a pior região de Portugal.
E perguntam vocês: Então se não gostas porque vais para lá de férias?
È simples, tem as melhores praias do país aliadas a um clima fenomenal. Este ano enquanto lá estive a temperatura da água do mar estava entre os 23ºC e os 25ºC, e esteve calor de dia e de noite, as condições ideais para um paraíso não fosse o resto. O resto a que me refiro, mencionei-o aqui há um ano e mantêm-se mais actualizado que nunca.

No Algarve existem três características ligadas á restauração que tornam a procura de um local para comer uma refeição num tormento, são elas:

Preço
Antipatia
Confecção

Estas três características têem a particularidade de, pelo menos, duas delas no seu aspecto mais negativo, nunca se separarem. Podemos fazer várias combinações, tendo em conta que na confecção temos duas vertentes; pouco saborosa ou pouca quantidade. O preço é sempre elevado e a antipatia é o que mais se serve.

Infelizmente o ALLGARVE é assim.


E como férias sem casos, não são férias, no próximo post conto o bizarro perigo que correm os banhistas no Algarve, mais especificamente em Quarteira. E não meus amigos, não são as derrocadas das falésias ou o tubarão avistado a oito milhas em Julho. O perigo espreita logo ali ao lado, muitas vezes pelos binóculos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Diário de um passageiro no comboio Lisboa-Sintra.


O regresso ao trabalho foi só há dois dias. Não está fácil.
O sono interrompido de manhã cedo, vinga-se agora de tarde, e no regresso a casa enquanto o comboio embala, ele acaba por vencer ainda que não seja profundo.
Eis que do nada, um aroma intenso me invade os sentidos. Meio atordoado não consigo descodificar de imediato o cheiro e o cérebro ainda meio inconsciente começa a trabalhar, e a falar comigo mesmo,
“- É ácido, parecido com um legume familiar…parece cebola… não, é muito mais forte e desagradável…” passado algum tempo e em luta permanente com o sono lá consigo descolar uma pálpebra, e já consciente, descubro desesperado, “- Não! É Catinga!”, “- E agora? Não tenho as mãos lavadas, e por causa da Gripe A não as devo por no nariz. E agora?”, “-Bem, pode ser que o gajo, ou gaja ( já não sei qual deles será ) saia na próxima paragem…”, “ - Porra ainda cheira. Não saiu.”, “- Que se lixe a Gripe, pelo menos as costas da mão tenho que encostar ao nariz, se não vomito agora.”

Alguém me sabe dizer se alguma entidade competente, já efectuou testes à Catinga para saber se aquele odor não será nocivo à saúde pública?

Porra! È que é de uma tremenda injustiça os desodorizantes que cheiram tão bem serem maus para o Ozono e o pessoal que cheira tão mal, não.