Desde o anúncio da vinda do Papa a Portugal até ao dia de hoje e com maior incidência durante a sua estadia no país, que leio autênticas poias de pensamento em blogs.
Melhor especificando, o Arrastão foi o grande vencedor do maior massacre de inutilidades depreciativas ditas no ataque ao cristianismo em tão pouco tempo.
O massacre de posts relativos a este assunto foi de tal forma desmedido, que não fui capaz de lá deixar até então um único comentário porque tive dificuldade em escolher qual deles seria merecedor do meu esforço. Assim, decidi comentar aqui que os englobo a todos.
Quando o ódio é grande, pode cegar-nos, e foi exactamente o que aconteceu a alguns dos ateus em Portugal. Alguns chegaram mesmo a perder a audição e a lucidez.
Cheguei a ler a eloquência com que no Arrastão se fazia o prenúncio do fracasso da visita do Papa a Portugal; cheguei a ler que havia pouca gente em Lisboa para a sua recepção; cheguei a ler que eram apenas “algumas dezenas de crianças de escolas católicas, arrastadas pelos professores, e não muito mais do que isso, talvez uma ou outra excursão vinda da província”; cheguei a ler que os números divulgados de católicos em Portugal estão distorcidos porque são muito menos, na opinião deste autor fica-se com a percepção de que os católicos estarão em vias de extinção; cheguei a ler a indignação do mesmo autor porque foi dada a tolerância de ponto á função pública e havia perda de produtividade.
No mesmo blog, cheguei a ler a indignação de outro autor porque Hindus, muçulmanos, judeus, protestantes, ateus e agnósticos tinham que arranjar quem ficasse com os seus filhos por causa dos católicos e da tolerância de ponto; cheguei a ler que o governo estava a obrigar os portugueses ateus a contribuir financeiramente; cheguei a ler até a piada inteligente de comparar o 11 de Maio em Lisboa ao 11 de Março em Madrid e 11 de Setembro em Nova Iorque.
No mesmo blog, cheguei a ler a indignação de outro autor porque Hindus, muçulmanos, judeus, protestantes, ateus e agnósticos tinham que arranjar quem ficasse com os seus filhos por causa dos católicos e da tolerância de ponto; cheguei a ler que o governo estava a obrigar os portugueses ateus a contribuir financeiramente; cheguei a ler até a piada inteligente de comparar o 11 de Maio em Lisboa ao 11 de Março em Madrid e 11 de Setembro em Nova Iorque.
Entre estas pérolas que decorei houve muitas outras que já não consegui porque me estava desidratar o cérebro rapidamente.
Como é que indivíduos que até considero inteligentes, se podem tornar tão estúpidos dependendo do tema que abordam? E a palavra é mesmo ”estúpidos”, porque quando é simples ignorância nota-se e tem desculpa.
O discordar de alguma ideologia ou crença, não deve levar-nos a faltar ao respeito de quem acredita seja no que for.
Quanto ao sucesso da visita do Papa a Portugal, não vale a pena fazer grandes comentários porque as televisões e rádios transmitiram.
A preocupação com o encerramento das escolas e a falta de locais para as crianças ficarem, é legítima, no entanto não deixo de ter curiosidade em saber qual seria a reacção do blog Arrastão se fosse dada a tolerância de ponto numa eventual sexta-feira dia 26 de Abril, ou se os nacionalistas começassem a exigir que o estado não gastasse as suas contribuições nas comemorações do 25 de Abril.
Curiosa é também esta preocupação exacerbada de neste dia da presença do Papa em particular, haver perda de produtividade. Não me recordo de preocupação de elementos afectos ao Bloco de Esquerda ou simpatizantes da sua ideologia, quando o Paulo Portas esteve no governo e aventou para o ar a hipótese de juntar os feriados aos fins-de-semana para evitar as pontes.
Curiosa é também esta preocupação exacerbada de neste dia da presença do Papa em particular, haver perda de produtividade. Não me recordo de preocupação de elementos afectos ao Bloco de Esquerda ou simpatizantes da sua ideologia, quando o Paulo Portas esteve no governo e aventou para o ar a hipótese de juntar os feriados aos fins-de-semana para evitar as pontes.
Circunstancias…memória curta…
Reforço apenas o facto de o Papa ter deixado muito melhor impressão da sua pessoa do que aquela que era formulada á partida pelo povo, que a mensagem que transmitiu foi agradável e que tem revelado muita coragem quanto ao tema da pedófila na Igreja não fugindo a este.
De resto, para os ressabiados do costume ficou vincado uma vez mais que embora o estado deva ser laico, como tanto reclamam e como eu também acho, os portugueses não são obrigados a sê-lo, e entre estes, há muitos milhões de cristãos e na sua maioria católicos.
Quer queiram quer não, Portugal tem uma forte raiz cristã, não a deve renegar e se a cultivar até tem a ganhar.
A religião católica só em Portugal, emprega milhares de pessoas e dá auxilio a outras tantas, muito longe do que estes pobres de espírito que zurram algum dia farão pelo próximo.
...
2 Pinokadas:
Sou uma grande admiradora do Bento XVI!!!
Gostei muito de ler este post em jeito de comentário, meu caro Pinoka.
Vais gostar do selinho "Este blog é um clássico".
O desafio não é obrigatório!
De acordo.
Também li algumas "postas" dessas pessoas. A resposta foi dada pelo povo de Lisboa e do Porto.
Julgo que o cristianismo está vivo.
Um abraço!
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