sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Dezembro. O mês especial.

Definitivamente este é o meu mês. O ultimo do ano e o mais cheio.

Neste mês tenho tudo. Tenho feriados, tenho aniversários importantes para celebrar, tenho azevias e filhoses, tenho desculpa para aumentar o colesterol e engordar, tenho presentes para oferecer e receber, tenho festas, tenho subsídio, tenho a quadra festiva que mais gosto, tenho a casa decorada em tons brilhantes, tenho a cena do nascimento de Jesus Cristo em pela sala, que me envaidece pelo tamanho e beleza que lhe encontro, tenho algazarra em casa enquanto se espera ansiosamente pela visita do Pai Natal que teima ano após ano em não se deixar ver mas que é capaz de levar o mais bruto dos adultos a regredir á dócil infância enquanto espera que o próximo embrulho anuncie o seu nome. Fico assim tal e qual. Criança, inocente e meio parvo tendo em conta o meu tamanho. Cá em casa é assim. Quero ser o Pai Natal de serviço, não, melhor, quero antes ser o menino que tenta apanhar o Pai Natal enquanto este deixa os presentes. Nunca o consegui apanhar em pequenino mas de há sete anos para cá que todos os Natais tenho tentado novamente. Espero que a minha Pinokinha não o apanhe antes de mim.

É o mês com mais luz á noite, com mais tolerância, com mais alegria, com mais “fartura” mesmo para os que tem pouco. È a recompensa pelos outros onze meses em que abunda o contrário de tudo o que tem Dezembro.

É o mês que tem a noite de consoada, a noite em que mais vezes olho para a mesa com olhos de ver e me pergunto “porque te queixas tu?”.

Este mês para mim, é só mágico.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Como a resposta era comprida...

Ainda relativamente ao post anterior e como havia muito a dizer em resposta aos comentários a ele feitos, resolvi fazer este post e colocar assim uma questão a quem quiser responder.

Então é assim:

Como sou um democrata e ainda não bebi hoje, aceito as opiniões contrárias à minha, contudo, e agora a sério, é bom não esquecer que não existe em Portugal alguém tão completo no entretenimento como ele.

Quanto ao humor, é relativo. Há quem ache graça aos Malucos do Riso ou aos Batanetes, há quem prefira os Contemporâneos aos Gatos Fedorentos, há quem não simpatize minimamente com o Fernando Rocha e se desmanche a rir com o Quinzinho de Portugal, etc., porém desde a época gloriosa do Teatro Revista que nenhum deixou uma marca tão forte até hoje no humor Português como ele. Na minha opinião o Herman goza ainda de um privilégio, é que nada do que foi feito até agora por outros foi diferente do que ele já fez. Conseguiu ainda a criação de dezenas de personagens incluindo no último e famigerado programa Hora H, que serão recordados para sempre com as suas expressões originais em forma de chavão.

De qualquer forma reafirmo que no humor tal como na música e noutras áreas, tudo é relativo, é uma questão de gosto.

Já agora, aceito sugestões de alguém que considerem poder um dia aspirar à coroa dele.

Quando acharem um candidato convêm não esquecer todas as vertentes artísticas. Afinal querem reformar “ The One Man Show”.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Vi o Rei!

Este Sábado senti-me privilegiado por poder assistir a tamanho espectáculo no Tivoli.

Já o calculava enorme, foi só a confirmação.

Duas horas a rir com pequenos intervalos deliciados com músicas espectaculares acompanhadas pela orquestra do Pedro Duarte.

Um espectáculo com a casa completamente cheia e que não deixou de parecer íntimo e só para amigos.

Anedotas, histórias pessoais, pseudo-jet 7, imitações, musica a solo e acompanhado, bonecos por ele criados há 25 anos, e o improviso que ninguém iguala na arte de o fazer, a manter um espectáculo de duas horas vivo e com pedalada para outras tantas sem se repetir.

Para quem ainda tem duvidas que o título de “Rei do humor nacional” lhe assenta que nem uma luva, aconselho a assistir a um espectáculo ao vivo.

Para mim foi pura e simplesmente fantástico. Pagava para ver novamente mesmo que igualzinho.


PS – notou-se muito que sou fã incondicional?

Bilhete



Durante o espectáculo



Tivoli à saída



Tivoli à saída



Av. Da Liberdade à saída


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O lado B de um grande passeio.

Tal como contei no post anterior, fui dar um passeio ao Minho e como tudo na vida, o que é bom tem um lado menos positivo.

Neste caso e como não podia deixar de ser, a parte negativa tem a ver exactamente com quem nos governa e nos suga dinheiro até ao tutano, com quem já nos governou e vai roendo o tutano através das empresas privadas para onde foram depois de governar ou de onde virão para nos governar.

É certo que tento não valorizar muito a questão se não nem me fazia proveito o fim-de-semana, mas quando vejo o extracto da conta inevitavelmente dá-me uma fúria.

Fiz o percurso para Braga com início na auto-estrada em Queluz, o regresso foi exactamente pelo mesmo caminho. Apanhei por diversas vezes em dezenas de quilómetros, obras e mais obras que duram há séculos. Todos sabemos que nestas condições a insegurança aumenta e muito, mas para a Brisa é como nada se passasse e o valor da portagem é exactamente o mesmo. E quando nós pensamos em beneficiar finalmente com justiça de uma lei que quem nos governa apregoou criar para nos proteger, leio isto e chego à conclusão que o povo foi enganado mais uma vez com leis criadas apenas para fazer volume e não para serem cumpridas.

Meus amigos, o custo total de portagens para passear em Portugal mais precisamente no trajecto Queluz – Braga - Queluz é de € 49,30 para a classe um. Agora juntamos mais a gasolina, no meu caso até fiz uma média razoável mas não me livrei de pelo menos € 70,00 que foram direitinhos para a gasolineira.

O resto do dinheiro que gastei não o choro, gozei-o e ajudei com toda a certeza as micro-empresas do meu país. Agora o das deslocações… são facadas.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Já tinha saudades...

Fui matar saudades de uma das zonas do país que mais gosto. O Minho.

Já não o visitava há algum tempo e aproveitei este fim-de-semana grande para lá dar um saltinho. Na verdade serviu apenas para aguçar ainda mais o apetite de uma estadia maior. E com certeza não levarei tanto tempo outra vez sem lá ir espairecer.

O único senão e que me deixou deveras desconsolado, foi o facto de além de já não haver neve por aquelas bandas, chover o sábado todo. Mas a cântaros!

Braga continua uma cidade bonita e acolhedora mesmo com chuva, o Gerês continua indescritívelmente lindo, com os tons dourados e amarelos da época, misturando-se com o castanho e o verde abundante da paisagem.

Consegui rever aquele cenário espectacular no sábado mas devido ao mau tempo apenas o consegui fazer de dentro do carro e assim não tive possibilidade desta vez de fazer um registo fotográfico do Gerês, mesmo que pequenino fosse.

Consolei-me com um bacalhau ao almoço em Stª Maria de Bouro de comer e chorar por mais. Ah! e lá estavam na mesa as famosas Papas de Sarrabulho acompanhadas de belos rojões e um verde fresco.

Resumindo. Mesmo com mau tempo valeu a pena visitar o Minho e as suas gentes sempre simpáticas.


Fica aqui algumas das pouquinhas fotos que ainda consegui tirar em Braga.






sábado, 6 de dezembro de 2008

Reflexão a uma simples lei lógica que vira ilógica com frequência.

Existe um processo em tribunal. Acusação e defesa, ambas têm testemunhas.

As testemunhas juram falar a verdade e só a verdade, sob pena de incorrer num crime de falsas declarações.

A partir daqui sem nos dar conta, um simples processo pode transformar-se numa avalanche de crimes e que coerentemente deveriam originar novos processos. Seria uma espiral sem fim.

Quando se dá razão a uma das partes é porque se desacredita a outra. E que pretexto serve para uma desvalorização da prova? A incoerência, a falta de consistência ou lógica da declaração, em suma, a presunção da falsidade do testemunho. Logo, numa lógica simples deveria ser iniciado um processo contra quem foi desacreditado e jurou dizer a verdade.

Numa sentença não existe “assim-assim”, ou se condena porque se faz prova, ou se absolve porque não foi suficiente. Não foi suficiente porquê? Ninguém diz em tribunal “Eu só vi um bocadinho do tiro…”, “Ah eu só ouvi meio grito…”, é possível afirmar que não viu, não ouviu ou não se lembra, mas quando alguma testemunha conta uma história convicta do que diz e a sua parte perde em tribunal tendo como base o seu depoimento, então mentiu segundo a lógica.

Agora o mais cruel. Quem decide o mentiroso é a competência ou incompetência de um juiz. Sim, porque nem todos são justos como se exige.

Posto isto, e depois de meditar sobre o assunto chego à conclusão de como é bom que por vezes a lei lógica dos homens seja convertida à imagem de quem a cria, os ilógicos.

PS – Já se acabava com o “ Juro dizer a verdade e só a verdade…”

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Desafio.

E pronto, missão cumprida quanto ao desafio que a Angelik me lançou.

O Desafio consiste em:


- Escrever uma lista com 8 coisas que sonho fazer;
- Convidar 8 parceiros(as) de blogs amigos para responder;
- Comentar no blog de quem nos convidou;
- Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da “convocatória”;
- Mencionar as regras.

No meu caso não tenho muitas ambições mas estas são de facto algumas coisas que tenciono conseguir.

1. Continuar a divertir-me
2. Voltar a ter mota
3. Comprar uma autocaravana
4. Ter uma moradia
5. Conhecer a Disneyland
6. Conhecer o México
7. Estar mais tempo com a família
8. Dar uma bofetada ao José Castelo Branco



Agora 8 vitimas:

Alfabeta
Diamante Azul
Bem Bonito
Blueminerva
Estafermococus
Mariazinha
Momentos Escritos
Odeio o Travian

É óbvio que só aceita o desafio quem quer. Se não o fizerem prometo que não vos castigo.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Uma questão de informação.

Num destes dias enquanto dava a minha voltinha pelo mundo da blogosfera, eis que entro no blogue Arrastão.

O tema do post na altura era a Câmara de Lisboa e o chumbo na Assembleia Municipal da proposta para uma rede de bicicletas partilhadas na cidade. Um tema muito comentado também noutros blogues.

Após ler o texto escrito por Daniel Oliveira, em que foi inserido trechos de uma informação via comunicação social, despertou-me a atenção pela forma como foram mencionados os dois partidos em causa na notícia.

Tratava-se do chumbo de uma proposta pelo PSD com a descrição dos motivos que levaram a tal decisão e entre parênteses ao lado da sigla PSD aparece “e o PCP”, como se o PCP tivesse os mesmos motivos para o chumbo da referida proposta.

Entretanto na caixa de comentários fiz o reparo ao Daniel Oliveira, e disse que devia mencionar a razões do PCP tal como havia feito com o outro partido. Após insistência minha revelou que de facto não sabia qual o motivo para o voto contra do Partido Comunista, que apenas o tinha referido porque assim estava na notícia que tinha lido. Aproveitou e pediu que fosse eu a informar em vez de criticar, insinuou que provavelmente não o fazia porque me dava muito trabalho, ao que respondi que não tinha informação privilegiada por isso não o tinha feito, e que insisti no assunto porque lendo o post dava ideia que um partido estaria implicitamente conectado com outro naquela decisão.

Após isto e como ali não fiquei informado solicitei directamente ao PCP os esclarecimentos, os quais me foram gentilmente fornecidos dando-me assim a possibilidade de informar também o Arrastão.

As observações que fiz e a resposta que obtive no Arrastão relativo ao post em causa, estão nos comentários: 30;54;55;58 e 64.

Para quem possa colher daqui algum benefício a nível de informação, aqui fica a resposta com os motivos do voto contra que a comunicação social na sua generalidade não informou.


Exmo Senhor,

Conforme solicitado enviamos esclarecimento sobre o voto contra do PCP na proposta nº 971/2008.

No passado dia 24 de Setembro foi votada a proposta nº 830/2008 (Aprovar autorizar a escolha do Procedimento por Diálogo Concorrencial, tendente a criação e implementação de uma Rede de Bicicletas de Uso Partilhado, bem como aprovar o Programa de Concurso e Memória Descritiva) tendo sido foi aprovada com os votos favoráveis do PCP.
Em sequência da votação desta proposta os vereadores do PCP fizeram a seguinte proposta (830-A/2008): “Garanta, em paralelo com aquela proposta, a clarificação do conceito de “vias cicláveis” e respectivas características, exigências e regulamentação e, consequentemente, a preparação das infra-estruturas necessárias que permitam a circulação, nos diferentes modos de utilização, em condições de segurança.” A proposta foi aprovada pelo Executivo Camarário. Esta posição indica claramente que o PCP é favorável à implementação de vias alternativas ao trânsito automóvel.
A proposta esteve inicialmente agendada para discussão em Assembleia, mas infelizmente foi substituída pela presente, a Proposta 971/2008 (Criação e implementação de uma rede de bicicletas de uso partilhado em Lisboa), que levantou uma série de questões. A proposta foi analisada na Comissão Permanente de Urbanismo e Mobilidade, e foi parecer da Comissão recomendar à Assembleia Municipal que a proposta fosse rejeitada.
O voto contra do PCP tem a ver sobretudo com o acordo plasmado, de contornos pouco esclarecedores, que envolve um encargo de 50 milhões de euros do dinheiro público com uma repartição de encargos por 10 anos, que não tem qualquer espécie de fundamentação, bem como, com as questões de circulação e segurança dos utilizadores que não podem ser negligenciadas.
Mais uma vez esclarecemos que este facto evidencia que o PCP valoriza a utilização de meios de transporte alternativos, ecologicamente sustentáveis, mas que está contra a forma como o processo tem vindo a ser conduzido.

Atenciosamente,

Pelo Gabinete Municipal do PCP
Isaura Lobo