terça-feira, 30 de setembro de 2008

O Magalhães, o Sócrates e o Povinho.

A situação comprova mais uma vez a boa performance do português numa das suas facetas em que estará seguramente à frente nas estatísticas europeias. Gastar dinheiro. Adoram.

A foto é demonstrativa da felicidade de alguém que acabou de estourar 285€ depois de ter estado cinco horas numa fila para comprar algo que muito provavelmente até teria direito e por apenas 50€.

“Não. Não vou esperar. Era só o que faltava!

A minha criança ainda nem vai para a escola, mas este é muito mais bonito que o do Noddy que está lá em casa e até já perdeu uma tecla quando no outro dia lhe caiu em cima o Action Man . E faz muito mais coisas. Alem disso na eventualidade de se estragar depois a escola dá outro por uns trocos.

E mais, ainda tenho o desconto da FNAC que me dá para comprar outro que por sua vez me dá desconto e assim sucessivamente.”

Algum há-de ficar de borla. Podem crer que é assim que se pensa por cá.

Tirando o ridículo da realidade em cima mencionada, o “Magalhães” é de facto espectacular (ver vídeo em baixo).

Mas como não há bela sem senão tal como diz o ditado, o aparelho e o seu sucesso não poderiam deixar de ser utilizados para fins menos didácticos a começar logo por quem o lançou.

No meio de tanta euforia motivada pela ânsia da curiosidade em conhecer o “Magalhães”, o ultimo grito da informática portuguesa ou pelo menos semi-portuguesa, o que nos fica na retina através da propaganda é um senhor de cabelo grisalho e nariz abatatado com ar simpático e de bem feitor que oferece a todas as criancinhas um computador. Sejam elas riquinhas ou pobrezinhas.

Concordo plenamente com a introdução deste meio de aprendizagem nas escolas. Agora, os moldes em que está a ser introduzido são de um oportunismo atroz.

Continuam a subsistir problemas graves na educação e este Pai Natal tecnológico teima em atirar areia para os olhos do povo.

A par de não ser um objecto indispensável no ensino básico junta-se o facto de ser pago pelos contribuintes este esbanjar de equipamento informático para o qual ainda nem os professores têm formação adequada afim de o introduzir nos seus métodos de ensino.

Vamos ser pragmáticos, este computador não aquece nem arrefece nos primeiros anos do ensino básico, e deveria ter um papel muitíssimo secundário até ao fim do quarto ano de escolaridade. É que muito provavelmente num futuro próximo ninguém saberá fazer letras manuscritas assim como hoje serão muito poucos os que frequentam o ensino secundário e conseguem fazer contas de cabeça ou no papel sem ajuda de uma calculadora.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Um bacoco chamado Rui Pereira.

E é isto Ministro da Administração Interna...

Decididamente, este gajo é estúpido!

Reparem na cara idiota que tem até quando fala de mulheres.

Porra! É que nem para isso tem jeito. Dá dó.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Será que Leonel de Carvalho veio dar uma volta ao Pinoka?


Desculpem-me o pretensiosismo, mas terá o Sr. Leonel de Carvalho lido o meu blog?

Ou será o estrebuchar das consciências que leva alguém com tamanha visibilidade pública a prestar tais declarações?

Há mais por aí. Eu sei.

Só que não fica bem dizer, não é?

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Não fechem a porta não...


Agora sim!
Agora já não nos falta nada.
Temos tudo a que temos direito. Até um gang das favelas.
Segundo a notícia do Correio da Manhã, parece que um alargado grupo de jovens empreendedores de nacionalidade Brasileira já criaram um “Comando”. Provavelmente esta facilidade em constituir uma nova fonte de rendimento em Portugal, deve ter a ver com o “simplex” do Sócrates.
Sabe-se ainda que um dos fundadores deste grupo que tem como actividade o crime, foi o animal que deu dois tiros no dono de uma ourivesaria em Setúbal.
Como é óbvio, não espero qualquer resposta decente da parte das nossas autoridades. Até porque não podem e por isso não dão.
Imagine-se apanhar alguns delinquentes deste calibre, que são considerados por muitos como cidadãos comuns, e pendura-los numa azinheira pelo pescoço. Acham mal?
Eu não.
Para mim o que não é correcto é alguém poder mal tratar outro sem motivo e não ser punido por isso.
Muitos perguntarão, “ E os direitos humanos?”, e eu pergunto, “E os meus direitos? Não sou humano?”.
Tenho o direito de viver em paz e sossego no meu país. Sou cumpridor com as minhas obrigações enquanto cidadão, por isso exijo direitos. E um dos direitos que exijo é o da Segurança que não sinto e não tenho.

Mas o que é que será ainda necessário para os complexados de mentes tacanhas que estão na Assembleia da Republica perceberem que o nosso país transborda de imigração ilegal?
Que é um dos motivos para termos cada vez mais precariedade a nível de emprego?
Que é um dos motivos para haver cada vez mais pobreza e degradação a nível social?
Que é o principal motivo para o aumento da criminalidade a par do levantamento das fronteiras devido à União Europeia?
Será isto, xenofobia? Racismo? Não. Antes lucidez.
Sou completamente a favor da imigração, mas com regras. Não desta forma anárquica e degradante que só prejudica quem a pratica e principalmente quem a recebe.
Mas que raio de passividade para com este flagelo!
Sinto tanto nojo de quem me governa como de quem pratica o crime. Complementam-se.

Não basta dizer que as nossas forças de segurança estão preparadas para todo tipo de criminalidade e depois não as deixar agir.
Deixem os polícias trabalhar sem interferências políticas e sectárias.
Deixem os policias investigar seja quem for e quando for, sem sofrerem represálias.
Deixem os polícias perseguir quem foge à lei sem correr o risco de ter que pagar as despesas por danos causados em serviço.
Deixem os polícias bater se necessário nessa corja em vez de lhes ordenar bastonadas aos trabalhadores quando se manifestam.
Deixem os polícias atirar a matar se forem ameaçados ou agredidos.
Dêem autoridade a quem a deve ter.
Dêem-me descanso a mim, enquanto cidadão português que sou, e só português.

Ter policia assim é mau?
É pior ter criminosos com a vida facilitada pelas peias aos policias.

O aumento da criminalidade resolve-se com prevenção e não repressão?
Então tomem como exemplo o rebentamento de um dique de água onde não houve manutenção (leia-se prevenção), e construam outro há frente antes de fazer repressão à enxurrada, para ver se o levantam.
Atingimos tal ponto no desgaste da imagem e competência das autoridades policiais e judiciais em Portugal, que hoje em dia o conceito prevenção só poderá ser aplicado depois da repressão rápida e eficaz.
Só não vê quem não quer.

Que respeito pode haver por um país que detém alguém ilegal e não o expulsa de imediato?
Quem entra ilegal num país é criminoso á partida. Não cumpriu a lei.
Que respeito pode haver por um país onde se solta mais criminosos do que se detêm?
Que respeito pode haver por um país onde os políticos criam leis consoante as experiências dos amigos que estão ou estiveram presos?
Que respeito pode haver por um país onde se que encurta o prazo da prisão preventiva afim de beneficiar mais os suspeitos de crimes, mesmo que apanhados em flagrante, do que o Ministério Publico que precisa de tempo para uma investigação séria?
Que respeito pode haver por um país onde num julgamento já não se põe em causa se o crime foi praticado ou não, mas sim se uma escuta telefónica é valida para o provar?
Que respeito pode haver por um país em que detentores de cargos públicos e com responsabilidade politica praticam crimes e se mantêm em funções? Chegam a fugir do país, chegam a ser condenados e continuam a poder exercer cargos de alta responsabilidade pública?
Que respeito pode haver por um país onde quem fiscaliza e autua prevarica de igual forma a quem infringiu a lei?
Que respeito pode haver por um país que tem como pena máxima 25 anos de prisão, e que qualquer criminoso sabe que é uma pena que nunca se cumpre por inteiro, muito longe disso?
Que respeito pode haver por um país que condena pedófilos e depois os integra na sociedade sem os proibir de trabalhar com crianças?

É natural que quem venha de fora não sinta o mínimo de respeito pela pátria que o acolhe. De qualquer forma e do meu ponto de vista, fazem parte do problema, como tal o meu desejo de os ver cá é proporcional ao respeito que nutrem pelo meu país e por mim.

domingo, 14 de setembro de 2008

Férias - o melhor

Após a introdução das minhas férias no post anterior, que felizmente correram bem, vou resumidamente contar-vos porque me custa tanto regressar ao trabalho.

Imaginem entrar de férias e:

Tirar o relógio
Andar somente descalço ou chinelos
Deslocar sempre de bicicleta
Conduzir carro pouquíssimo e quando inevitável, fazê-lo só descalço
Fazer praia e piscina
Refeições só ao ar livre do pequeno-almoço ao jantar
Comer grelhados no carvão até fartar
Comer de fogão, só no restaurante
Sentar à mesa para almoçar a pingar água do duche refrescante
Acordar com calor
Não ver televisão
Não ler jornais
Sem internet
Beber um belo Whisky com gelo e olhar para as estrelas a ouvir grilos até dar sono…


Calçadão de Quarteira



Calçadão de Quarteira



Calçadão de Quarteira – Duas estrelas


A lua que eu vi em Quarteira


Piscina em Quarteira


Os meus óculos após um pequeno incidente


O meu meio de transporte e da minha pinokinha à pendura


O meio de transporte da Dna Pinoka


Marina de Vilamoura


Bacalhau assado na brasa


O dourado do meu querido Alentejo


Agora a seguir a isto e de regresso à capital, quem quer trabalhar, alguém me diz?

sábado, 6 de setembro de 2008

O Algarve das minhas férias



Há coisas que nunca mudam.
O Algarve continua com praias maravilhosas e os algarvios antipáticos, principalmente com os compatriotas.
É óbvio que há excepções, e eu próprio conheço algumas, mas a excepção não confirma a regra.
Este pormenor da antipatia não tira o sono a ninguém, principalmente se não for á espera de favores e tiver dinheiro no bolso. Nada fica por desfrutar.
Confesso que tive vontade por vezes de entrar em estabelecimentos e dizer “Hello!” em vez de “Boa tarde!”, mas tive receio de ficar envergonhado com o embaraço dos outros.
É deprimente assistir a tanta arrogância por vezes de alguém tão humilhantemente menor.
Nada disto é novidade, há muitos anos que frequento o Algarve de férias e de todos eles guardo recordações de algumas relações humanas menos boas que lá tive, a diferença é que este ano tenho um blog.

Os algarvios e principalmente quem vive do comércio deveria começar a fazer contas de cabeça, não no verdadeiro sentido da expressão, porque nessas ninguém os bate de certeza. Refiro-me ao turismo.
O Algarve é uma região bafejada pela sorte. Tem bom clima, boas praias e até uma rica gastronomia, pena que nem todos a possam provar.
O Algarve sem esforço da sua população conseguiu tornar-se num dos destinos mais procurados pelos estrangeiros devido aos seus recursos naturais. Provavelmente por toda esta facilidade em obter turismo/clientes/receitas, os algarvios nunca pensaram que será preciso mais qualquer coisa para cativar pessoas alem da sorte de se nascer filho de um dono de café à beira-mar.
É preciso cativar os de fora e sobretudo os de dentro. Se os preços no Algarve fossem mais acessíveis ás bolsas portuguesas, se a formação, educação e qualidade de uma forma geral de quem presta os serviços fosse maior, se em vez de Sardines servissem Sardinhas, talvez os portugueses fossem lá durante o ano todo em vez de procurarem o sul de Espanha e outros destinos. Só que por enquanto a receita de Junho a Setembro vai pagando os meses de Outubro a Maio. Por enquanto. É que os ingleses já descobriram o litoral alentejano e ao contrário do que os algarvios pensam e outras mentes brilhantes que inventaram o “ALLGARVE”, o turista estrangeiro em Portugal, embora queira sentir-se acolhido e bem tratado procura a “portugalidade”, algo que o Algarve já não tem para oferecer.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

De regresso...


E pronto. Cá estou de novo.
Soube a pouco.
Ainda estou na fase de ambientação. Sim que isto leva tempo a entrar no ritmo, e pensar que ainda faltam onze meses, mais lentidão provoca a entrar no ritmo.
Logo que esta fase do regresso das férias, análise de correio (esta parte é trabalhosa, encontrar a verdadeira correspondência no meio do Feira Nova, Lidl, Continente, Aki, Marquises e alumínios, Amas para crianças, Professores Karambas e Bóbós, etc.), arrumação de bagagens e entrada no trabalho entre nos eixos e em rotação estável, vou fazer um post acerca das férias. Tenho umas coisinhas para mostrar com alguns apontamentos.

É já, já…