terça-feira, 7 de abril de 2009

O meu orgulho.

Recuando eu à minha infância, com a idade que ela tem, e um dia como o de Domingo seria um verdadeiro suplicio, aliás, nem me veriam lá.

Fico maravilhado com aquilo que a minha pinokinha é e eu não fui.

O costume é ver as crianças ambicionarem ser como os pais, mas isso é natural. Eu gostava de ter tido metade do descaramento que a minha filha tem. È por natureza desinibida e desenrascada, e isso é uma grande vantagem para se ultrapassar obstáculos na vida. Eu, por instinto de “sobrevivência”, tive que aprender a ser assim, não nasceu comigo e até o conseguir foi muito difícil.

Vendo friamente e de fora, tudo parece vulgar no acontecimento. Mas não é. Seja criança ou adulto, é preciso muita coragem para estar em cima de um palco a dançar para uma plateia enorme numa sala de espectáculos cheia que nem um ovo e não lhe fazer mossa.

Não era só a minha filha que lá estava, eram muitos filhos de muitos pais, uns maiores outros ainda mais pequenos, para mim, todos artistas, todos corajosos.

Fartaram-se de trabalhar desde que começaram os ensaios gerais logo pela manhã. Fizeram dois espectáculos seguidos durante a tarde e terminaram como começaram, com um entusiasmo brutal.


O meu papel foi muito mais fácil, ainda assim conseguiu tornar-me tão grande quanto ela foi. Quando todos os adultos esperavam na porta de saída dos artistas pela entrega da criançada, ao anunciarem o nome dela, só tive de levantar a voz, “O pai está aqui. Sou eu!”, e pensar para mim, “Deixem passar a estrela.”.




Final do espectáculo.




11 Pinokadas:

Alex disse...

Ooooohhhhh Pinoka...
a resma dos kleenex não chega, vou buscar a esfergona e o balde.

A melhor coisa do mundo é quando eles nos fazem babar, não é? O amor transborda-se-nos por todos os poros e não conseguimos disfarçar aquela deliciosa cara de parvos.

Parabéns a ambos.

Cat C disse...

E que verdadeira artista ela é! Tenho de ser um bocadinho convencida e dizer que acho que ela sai á tia nesta parte...o palco é nosso e sem vergonhas! Beijinhooo

Teté disse...

Seu, seu... pai babado!!! :)))

E esperemos que assim continue, que se não acarinharmos os nossos, quem o fará?

Beijocas!

O Pinoka disse...

Alex

Não consegui disfarçar a cara de parvo nem aqui no computador que ninguém me vê, não é?
Beijocas


Cat

Isso é que eu gostava. Ver-te num palco.
Beijocas


Teté

È mesmo. Primeiro eles, depois eles e sempre eles.
O que se pode fazer?
Beijocas

Alex disse...

É !
(bom sinal...)

Rasteirinho disse...

Amigo não é cara de parvo...é cara de pai ! Só isso ! E olha que eu sei do que estou a falar !
Abraço

alfabeta disse...

Queres um lençol para limpar a baba!?
Queres, queres?
eheheh


Parabéns pela filhota.

:)

Anónimo disse...

Baba e ranho durante o espectáculo todo, vê-se bem.
1 abraço.

Susana Anastácio disse...

Ainda no papel de filha sei o quanto é importante sentir o orgulho dos pais nessas alturas e o quão falta faz às vezes.
Como amante das artes dou os parabéns à tua filhotita e que não pare!=)

Beijinho

polidor disse...

eles crescem e ainda bem, por isso é bom aproveitar os tempos...

abraço

O Pinoka disse...

Alex

Hehe! Eu também acho.
Bjocas


Rasteirinho

Já estou a ver que sabes.
Abraço


Alfabeta

Não sei se o lençol chega. Hehe!
Bjocas


Estafermococus

Baba e ranho não, mas confesso que houve uma lágrima que estava a irritar-me. Estava quase, quase.
Abraço


Susanyttah

Parar por ela, deve ser difícil. Aquilo tem energia que nunca mais acaba.
Bjocas


Polidor

È mesmo. Parece que ainda ontem gatinhava.
Abraço