Ora então onde é que o profissionalismo dos Nadadores Salvadores de Quarteira se nota?
Nota-se e é bem visível, quando são chamados a proteger a área do patrão. E eu, também aqui sou testemunha.
Perguntam vocês: - E quem é o patrão?
O patrão, é tipo que “compra” a praia durante a época balnear.
Todos sabemos que aquilo por acaso é público, mas eles acham que nós temos que cumprir as regras deles, e só podemos estar no areal como eles entendem. Isto porque a Direcção Regional do Ambiente (suponho), lhe vendeu a praia e se esqueceu que vendeu uma coisa que não é dela. Acontece em todas as praias, supostamente locais públicos. Parece confuso mas não é.
È legal. È uma sacanice mas é legal. Aliás, como todas as sacanices em Portugal.
A Direcção Regional do Ambiente cobra um determinado valor a alguém que se denomina como concessionário , e assim, autoriza este a usufruir da praia e a ganhar dinheiro da maneira que lhe der mais jeito, desde que se comprometa a financiar e a garantir a segurança e vigilância na praia.
È óbvio que a grande maioria dos concessionários se está a cagar pura e simplesmente para os banhistas, e tanto se lhes dá como não que alguém se afogue, é preciso é que antes tenha pago a palhota da sombra.
Na Quarteira, chegamos á praia numa manhã de Verão, com um sol abrasador. A praia está cheia. Mas…curiosamente está cheia só em três sítios. Nas zonas dos chapéus-de-sol.
Lá está o tal explorador que aluga palhotas no início do areal, em duas zonas por ele delimitadas e que funcionam como garrotes (clicar na imagem) que ficam justamente a intercalar as três fatias de areal para chapéus-de-sol, onde o povo é mantido como gado em cima uns dos outros. Acontece, que por mero acaso, aquelas duas zonas restritas para ricos, juntas, são maiores que as três fatias para pobres, típico.
Por acaso num dos dias que lá estive, mesmo indo contra os conselhos das mulheres do grupo, que previam confusão, marrei que havia de ter sombra nas mochilas onde levávamos a água e o comer das crianças, mesmo que não fosse na área de chapéus-de-sol, visto esta estar á pinha.
Após abrir o chapéu, mesmo sem o montar ou espetar na areia, deixando-o só encostado ás mochilas, tentando assim não chamar á atenção dos funcionários de serviço, ainda estava de cócoras e já tinha um Nadador Salvador a salvar o negócio do patrão:
- Esta não é zona de chapéus-de-sol, por isso tem que o fechar se quiser ficar aqui.
- Oiça, ninguém vai ficar debaixo do chapéu a usufruir de sombra. Temos dois chapéus-de-sol, um está fechado e este só o vou deixar caído e encostado ás mochilas porque lá dentro está o comer e a bebida das crianças, e além disso estamos a 2 metros da área limite. È uma questão de bom senso.
- Já lhe disse que não pode. Já mandei outras pessoas embora pela mesma situação. Tem que sair.
- Pois é. Mas é que eu não saio e não fecho o chapéu, se quiser chame a policia.
È óbvio que quem estava comigo também se exaltou pela falta de bom senso do indivíduo o que levou a que aumentasse a discussão e fossemos mesmo falar pessoalmente com o “dono” da praia do Pontal na companhia do seu empregado. Após uma acesa troca de palavras, o “dono” da praia do Pontal, muito provavelmente para evitar maior barraca do que aquela que já havia, acabou por aceitar que ali ficássemos rematando a discussão:
- Ok. Se dizem que estão perto da área limite podem ir para baixo que eu já lá vou ver. Eu já lá vou.
Claro que não foi.
Embirro quando me tentam tratar como carneiro.
Porém, há que enaltecer a forma como o Nadador Salvador do I.S.N. desempenhou a sua função ao teimar comigo até não poder mais, não que ele esteja ali para aquilo, mas pronto, quem manda é quem paga, e no caso das nossas praias são os concessionários que pagam.
Apesar de tudo, os miúdos do I.S.N ainda se vão distraindo a jogar voleibol e futebol na praia, não que seja legal, é verdade, assim como também infringem as regras por andar semi-fardados, mas também no meio de tanta ilegalidade o que é que isto pode interessar.
As imagens mostram a Nadadora Salvadora da praia do Pontal em Quarteira no Algarve, apenas com os calções ou seja, metade da indumentária, e a jogar voleibol e futebol enquanto estava de serviço.
4 Pinokadas:
uma vergonha
e parabéns pela coragem de não ficar calado
beijinhos e fica bem
Que tal enviares este post para os "Nós por cá" na SIC?
Beijokas
Amor de mãe
Há coisas que me ficam atravessadas...
Bjocas
Mariazinha
O problema, é que quando questionados, certamente negariam os factos.
De qualquer forma, e como estamos sempre a aprender, podemos utilizar o velho ditado: há mais marés que marinheiros. Numa próxima oportunidade, a descrição será o lema, se depender de mim são apanhados em flagrante.
Bjocas
Pois, o pior é que a garota nem sequer era da série Marés Vivas ;)
Gostei da do "dono da praia".
Beijinhos
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