Olá, estive a dar um olhada pelo seu blog e encontrei um post particularmente divertido e interessante. Este: http://o-pinoka.blogspot.com/2010/01/caprichos-gays-e-coerencias-politicas.html
Sabe, tem toda a razão. È um capricho meu e dos homossexuais em geral.
É um capricho pedir para acompanhar o meu namorado (ou vice versa) em caso de hospitalização.
É um capricho não querer morrer sozinho numa cama de hospital.
É um capricho quer construir família.
É um capricho querer se abrangido pelos benefícios a nível legal e a nível bancário que um casamento favorece.
É um capricho trabalhar uma vida inteira construir património e depois perder esse património em caso de falecimento porque “ups estava no nome do que morreu” vai para a família. Quem fica, vê navios.
É um capricho lutar pela igualdade em geral.
É um capricho quer ser feliz.
Tão bom que é já ser-se marginalizado em geral, alvo de chacota e incompreensão muitas vezes pelas próprias pessoas que deviam estar a nosso lado icondicionalmente e agora ainda ser chamado de caprichoso. Afinal a vida dos homossexuais sempre foi tão facilitada. Somos uns mimados não é? A sociedade sempre fez tudo por nós e agora ainda temos o descaramento de pedir alguns direitos? Pah gays… não há paciência!! Onde já se viu quererem um pouco de justiça??
Uma outra coisa, apesar da nossa grande diferença de idades talvez eu lhe possa responder a uma duvida que também o pareceu perturbar neste Post: http://o-pinoka.blogspot.com/2008/10/pro-menino-e-pra-menina-seja-pipi-ou.html Nitidamente está a confundir homossexualidade com uma perturbação da Identidade de Género. Um homossexual sente atracção física e emocional por pessoas do mesmo sexo e não quer trocar a sua “pilinha” por um “pipi” ou vice versa (expressões suas). Estamos muito satisfeitos com a nossa genitália e eu pessoalmente sou tão masculino como qualquer outro homem e em nenhum momento me passou pela cabeça cortar seja o que for. (Não, homossexualidade não é doença e deixou de ser considerada como tal pela ciência em 1975…) Por outro lado há pessoas que nasceram com a sensação de estarem num corpo errado, não são felizes e frequentemente cometem o suicídio. É uma perturbação ou para lhe simplificar as coisas uma “doença” ou “condição” mental. Não é escolha delas, não é capricho, simplesmente nasceram assim. Já agora, inflizmente a melhor forma de resolver a situação dessas pessoas neste momento é a mudança de sexo, mas se tiver alguma outra alternativa para evitar que essas pessoas destruam a sua vida pode sempre partilhar connosco. Pode conferir o que eu referi relativamente à transexualidade no DSM-IV-TR (Manual de Diagnóstico e Estatística das perturbações Mentais). Posso mandar-lhe uma cópia das páginas que abordam o tema se duvidar que alguém tão novo lhe esteja a tentar ensinar algo, gosto de ter suporte cientifico quando falo das coisas. ;)
Parece-me que há aqui alguma confusão. Relativamente ao post : http://o-pinoka.blogspot.com/2010/01/caprichos-gays-e-coerencias-politicas.html Em primeiro lugar peço-lhe que releia o post e observe porque falo em capricho e depois se quiser desenvolver o porquê da negação á proposta apresentada na assembleia da república que lá refiro, agradeço. Aproveito para informar que estou completamente de acordo com as reivindicações que faz, embora num eventual referendo votasse negativamente e também no post explico porquê. Se analisar bem o que escrevi verá que nada tenho contra homossexuais. O post é essencialmente político e vinco apenas a falta de coerência em posições políticas assumidas consoante as circunstancias.
Em relação ao post : http://o-pinoka.blogspot.com/2008/10/pro-menino-e-pra-menina-seja-pipi-ou.html Também aqui me parece que não percebeu o sentido do texto. È claro que homossexualidade não é doença, a pergunta que faço no fim do post é irónica e o texto é uma crítica feita pelo benefício extremo dado a um problema resolução estética em prejuízo de doenças crónicas que podem matar com muito maior probabilidade. E eu aqui sou descriminado, para que conste. De resto, agradeço toda a informação que quiser disponibilizar. Gosto de aprender.
Devo dizer que li novamente ambos os posts e a interpretação foi a mesma. Sabe qual é o problema. Está a analisar a situação do seu ponto de vista e de uma forma meramente política. Agora esta questão, tem muito mais de vertente humana do que politica. É a qualidade de vida e os direitos de pessoas que estão em jogo. Para si é indiferente nós casarmos ou não, não tem nada a perder nem a ganhar. Para nós faz toda a diferença. Dai ficar chocado quando me dizem na cara que são contra. Porque uma coisa é ser indiferente outra é querer prejudicar activamente, que justificações à parte no final do referendo a vitoria do “não” só faria isso, prejudicar. Quem votasse “não” não ganhou nada, mas muita gente perdeu. O sim também não lhe faria ganhar nada, mas ajudaria muita gente… No final sabe também porque não consegue ver a situação de uma vertente mais humanitária? Porque ainda não teve ninguém significativo para si que fosse homossexual. Vou-lhe contar uma pequena história. Era uma vez um rapaz e uma rapariga com opiniões semelhantes à sua. Casaram e tiveram três filhos. Um dia um dos filhos chegou e tentou explicar a sua orientação sexual… Aí para os dois o mundo virou de pernas para o ar… e Agora? Esta é parte da minha história, mas se fosse dum um sobrinho seu, de um neto, ou mesmo da sua filha. Não ia ver a questão apenas de uma forma política, ou ia? É que ninguém está livre de isto lhe acontecer. Todos sabemos que na vida por vezes o tiro sai-nos pela culatra como no exemplo que dei…
Vejo com agrado que pelo menos relativamente ao segundo post, ficou esclarecido.
Quanto ao primeiro vejo que também percebeu o sentido do post, ficando contudo agastado pelo facto de eu apenas abordar o tema do ponto de vista politico, e demonstrar alguma frieza quanto ao facto dos casais homossexuais se poderem casar ou não, de qualquer forma se me quiser explicar porque motivo não aceitam ter todos os direitos que reclamam ainda que com outro nome no contrato matrimonial, agradeço. Era tão fácil agradar a gregos e troianos. Já agora, deixe-me dizer-lhe quanto ao exemplo que me dá, que se fosse alguém tão próxima de mim como a minha filha nas suas circunstâncias, nunca a deixaria de apoiar nas suas opções embora reconheça não ser o que desejo. Mais uma vez lhe digo que não tenho nada contra os homossexuais e acho que a sua vitimização em muitas circunstâncias acaba por os prejudicar, quanto menos polémica melhor, a melhor forma de adaptar a sociedade e as suas mentes a novas situações é gradualmente e sem imposições bruscas. Tento sempre procurar o consenso em vez da afronta, ganhamos todos.
Na verdade continuo a não concordar com a forma que expôs um problema nas duas situações, achei de facto muito fria e com um olhar dirigido de cima deixando ambiguidade sobre o que dizia seriamente e o que ironizava. Simplesmente achei que não tinha nada a acrescentar ao que referi no primeiro comentário. Quanto à dúvida que colocou de facto os direitos não são exactamente os mesmos principalmente no que toca depois a reconhecimentos internacionais. Além disso, diversos outros países desenvolvidos já reconheceram que era um erro e corrigiram a situação e muito outros estão em via de o fazer, só se esta como sempre a atrasar Portugal em mais um aspecto. Mas fora isso, de facto não tem grande lógica estar a criar um conceito novo para uma coisa que é exactamente igual a uma que já existe e mais uma vez isso só serviria para criar uma barreira entre casais heterossexuais e casais homossexuais. Mais uma vez, uma distinção, uma forma de estereotipar. Seria novamente: “ah porque nos somos heterossexuais podemos casar eles escolheram não ser, vamos arranjar-lhes aqui qualquer coisita”. E aqui está novamente o foco do problema. A palavra “escolha” ou a palavra “opção” que foi a que utilizou no comentário a cima. Na verdade o correcto é orientação. Porque eu não optei, nem escolhi ser como sou nem ninguém o pode fazer. Agora que sou adulto sinto-me bem, interiorizei a situação e tenho orgulho no homem que sou. Mas quando tinha 12 ou 13 anos e me via diferente dos outros rapazes sem perceber porquê, desejei muitas vezes poder escolher e optar… Eu também não usaria a palavra vitimização mas se na verdade ainda há homossexuais a ser mortos, apedrejados, apontados e ridicularizados não vejo outra palavra para substituir… Quanto ao facto de dizer que não foi isso que idealiza para a sua filha, posso dizer que os meus pais também não idealizaram isto e no entanto…
Então relativamente ao primeiro post vou tentar ser o mais explícito possível com o que me incomoda. Sou asmático. Pago todos os meus impostos, sou obrigado. Ser asmático não é o fim do mundo, infelizmente existem milhões como eu, mas não sendo o fim do mundo para os que não têm o problema, pode muito facilmente ser para quem o tem se ao mesmo tempo não tiver possibilidades monetárias para fazer tratamento com acompanhamento médico. A asma é uma doença crónica, existem alguns tipos de asma mais graves que outros, e nos mais graves para se ter o mínimo de qualidade de vida é necessário muito dinheiro por mês. Posto isto, para mim é inconcebível que alguém usufrua dos meus impostos para trocar de sexo enquanto outros como eu morrem por falta de ar e dinheiro. Não digo que, uma perturbação da Identidade de Género não seja um problema psicológico grave e que possa inclusivamente em casos extremos levar á morte, mas para ter uma ideia, segundo um estudo recente realizado por pneumologistas, estima-se que cerca de um milhão de portugueses sofre de asma, e nos últimos oito anos esta doença tenha provocado cerca de 25 mil internamentos e 189 mortes, é dose não é? Daí a pergunta irónica no fim do texto, é que convenhamos, para o estado suportar os valores envolvidos só pode ser falta bom senso e irresponsabilidade.
Ainda relativamente ao segundo post, a minha maior abordagem politica do que emotiva, prende-se com o facto de não haver coerência de quem nos governa, de não serem sérios. Acha bem que houvesse referendos até o “sim” ao aborto ganhar? E eu aqui estou completamente á vontade para falar porque votei “sim”. Acha bem que a opinião de um largo grupo de cidadãos através de uma petição com número de assinaturas nunca antes visto em tão curto espaço de tempo seja ignorada? Não me parece de todo democrático.
De resto, não quero desapontá-lo, mas não acredito que pelo facto dos homossexuais se poderem casar vá acabar com a discriminação de que fala, as mentalidades não se alteram por decreto. Na minha modesta opinião seria muito mais pacífico, de momento aceitar uma alteração á lei como referi e quando a sociedade tivesse interiorizado a união civil entre pessoas do mesmo sexo, alterar para a famigerada palavra “casamento”, ninguém se aperceberia e seria apenas uma alteração formal sem ondas e fricções. Quanto á vitimização, lamento informar mas não é necessário ser homossexual para se sofrer maus-tratos de todo o género que referiu e mais algum. Posso ainda assegurar-lhe que não olho ninguém de cima, muito provavelmente será quem me lê que inconscientemente me olha de baixo e sem motivo.
Já agora que tenho o privilégio de estar a debater um assunto tão interessante com alguém tão familiarizado com o tema da homossexualidade, vou colocar-lhe uma questão, responderá se quiser evidentemente. Concorda com a Parada Gay? E consoante a resposta, o porquê?
Olá. Dado a panóplia de assuntos vou comentar por tópicos para melhor organizar o pensamento :p
1 – Eu de facto nunca referi que os asmáticos não deveriam ter os seus tratamentos financiados pelo estado. Sou a favor de serem atribuídos benefícios a todos que precisem deles. Apenas não achei correcto ter mencionado a transexualidade como uma questão puramente estética quando é muito mais complexa. Saiba que em Portugal em determinadas situações também é possível aumentar ou diminuir os seios de uma mulher desde que a sua condição esteja a causar dano físico ou psicológico, de forma gratuita. Isto é uma questão bem mais estética do que uma perturbação da Identidade de Género e existem outras situações semelhantes. Sou a favor do financiamento em todas estas situações. Também me sai do bolso e nunca vou ser abrangido por nenhuma das três situações que referimos.
2- Não lhe posso fornecer dados sobre quantas pessoas se suicidam devido a Perturbações de Identidade de Género porque muitas vezes nem se sabe o motivo do suicido mas garanto-lhe que são bastantes os casos. Que destroem a vida de muita gente e que é um problema que tem de ser resolvido. Ninguém faz quando quer, a pessoa tem de passar por várias etapas até lhe ser permitido esse benefício do estado e como são muito menos do que os casos de asma é mais fácil para o estado resolver estas situações mais pontuais e que na soma gastam menos dinheiro. Mais uma vez saliento que os asmáticos têm todo o direito de se sentirem injustiçados mas não podemos comparar assuntos que nada têm em comum e acima de tudo cada caso é um caso.
3 – O olhar de cima como referi foi a minha interpretação, não o conheço nem sou de julgar quem quer que seja mas acredito que muita gente ao ler os textos teria a mesma interpretação que eu. Foi o facto de ter minimizado e falado como se os outros assuntos e a qualidade de vida daquelas pessoas não fossem importantes que mais me deixou impressionado.
4- Quanto à vitimização. Existe violência em relação a tudo como referiu mas principalmente devido a características como raça e orientação sexual ou seja por características que os sujeitos não podem alterar e isto tem de se trabalhar junto das populações no sentido de se diminuir. A integração é essencial.
5- Como futuro psicólogo posso assegurar-lhe que não há melhor forma de lidar com qualquer fobia do que enfrenta-la directamente. A homofobia não é excepção. Enquanto a homossexualidade não for introduzida na sociedade como uma forma normal de relacionamento, nunca sairá da obscuridade. Criar um novo conceito que abranja este grupo só serve para mais uma vez arrumar o problema numa gaveta longe da sociedade heterossexual onde não dê muito trabalho e de forma a que as pessoas possam esquecer o assunto. Se os outros países conseguiram Portugal também consegue, não somos assim tão inferiores.
6-Este assunto não prejudica nem beneficia nenhum casal heterossexual como tal nem sequer deveria haver intromissão dos mesmos. A maior parte das pessoas por razões religiosas e outras, acaba por se sentir ofendida por partilhar a palavra casamento e inserir-se num mesmo grupo que um casal homossexual. O facto de pessoas do mesmo sexo não poderem casar na verdade é ridículo se pensarmos bem. Eu perco os meus direitos de cidadão normal só por não ter tido o “azar” de gostar de alguém do mesmo sexo?? Então e se mudar de sexo já posso? E depois mudo outra vez e já está… francamente…
7- Quanto à pergunta não tenho uma resposta concreta. Pessoalmente não vejo necessidade de andar na rua com a minha orientação sexual escarrapachada na testa. Assim como também não me sinto atraído por pessoas que o fazem através dos seus maneirismos, comportamentos ou da forma de se apresentarem. Saliente-se que não tenho nada contra homens que são afeminados, simplesmente não se enquadram nos meus gostos pessoais. Agora neste momento, os amigos e família sabem e quem me perguntar eu não vou mentir porque não sinto vergonha dessa minha característica. Se me perguntasse se participaria numa parada gay diria-lhe que não porque para mim como já disse não tem significado andar a “exibir” essa característica. Agora cada um é livre de o fazer se isso para si tiver algum significado e se pessoalmente acharem que lhe trará alguma vantagem…
Tudo isto se resume só e apenas ao facto de cada um se manifestar com mais fervor ou não relativamente aquilo que mais o incomoda a título pessoal. Se eu tenho uma preocupação com um assunto que pessoalmente me prejudica, você tem outra com outro assunto que o afecta directamente. Não quero com isto dizer que desvalorizo o problema que o afecta, assim como acredito que o meu o preocupará, mas noutra dimensão. Continuo ainda a achar que existe um problema político e que põe em causa a participação democrática do povo em Portugal. Por exemplo, para mim acabou-se a recolha de assinaturas seja para que fim for, afinal só são levadas em conta se satisfizerem a vontade da maioria de quem está na assembleia. Mataram o conceito de referendo, e este era importante ser preservado. Quanto á resposta que lhe pedi, considero-a inteligente, tal como esperava.
13 Pinokadas:
Óh coitadinho!
Faz mas é companhia à esposa e deixa-te de lamúrias, lol
Já somos dois, então.
Olá, estive a dar um olhada pelo seu blog e encontrei um post particularmente divertido e interessante. Este: http://o-pinoka.blogspot.com/2010/01/caprichos-gays-e-coerencias-politicas.html
Sabe, tem toda a razão. È um capricho meu e dos homossexuais em geral.
É um capricho pedir para acompanhar o meu namorado (ou vice versa) em caso de hospitalização.
É um capricho não querer morrer sozinho numa cama de hospital.
É um capricho quer construir família.
É um capricho querer se abrangido pelos benefícios a nível legal e a nível bancário que um casamento favorece.
É um capricho trabalhar uma vida inteira construir património e depois perder esse património em caso de falecimento porque “ups estava no nome do que morreu” vai para a família. Quem fica, vê navios.
É um capricho lutar pela igualdade em geral.
É um capricho quer ser feliz.
Tão bom que é já ser-se marginalizado em geral, alvo de chacota e incompreensão muitas vezes pelas próprias pessoas que deviam estar a nosso lado icondicionalmente e agora ainda ser chamado de caprichoso. Afinal a vida dos homossexuais sempre foi tão facilitada. Somos uns mimados não é? A sociedade sempre fez tudo por nós e agora ainda temos o descaramento de pedir alguns direitos? Pah gays… não há paciência!! Onde já se viu quererem um pouco de justiça??
Uma outra coisa, apesar da nossa grande diferença de idades talvez eu lhe possa responder a uma duvida que também o pareceu perturbar neste Post: http://o-pinoka.blogspot.com/2008/10/pro-menino-e-pra-menina-seja-pipi-ou.html
Nitidamente está a confundir homossexualidade com uma perturbação da Identidade de Género. Um homossexual sente atracção física e emocional por pessoas do mesmo sexo e não quer trocar a sua “pilinha” por um “pipi” ou vice versa (expressões suas). Estamos muito satisfeitos com a nossa genitália e eu pessoalmente sou tão masculino como qualquer outro homem e em nenhum momento me passou pela cabeça cortar seja o que for. (Não, homossexualidade não é doença e deixou de ser considerada como tal pela ciência em 1975…)
Por outro lado há pessoas que nasceram com a sensação de estarem num corpo errado, não são felizes e frequentemente cometem o suicídio. É uma perturbação ou para lhe simplificar as coisas uma “doença” ou “condição” mental. Não é escolha delas, não é capricho, simplesmente nasceram assim. Já agora, inflizmente a melhor forma de resolver a situação dessas pessoas neste momento é a mudança de sexo, mas se tiver alguma outra alternativa para evitar que essas pessoas destruam a sua vida pode sempre partilhar connosco. Pode conferir o que eu referi relativamente à transexualidade no DSM-IV-TR (Manual de Diagnóstico e Estatística das perturbações Mentais). Posso mandar-lhe uma cópia das páginas que abordam o tema se duvidar que alguém tão novo lhe esteja a tentar ensinar algo, gosto de ter suporte cientifico quando falo das coisas. ;)
Psimento,
Parece-me que há aqui alguma confusão.
Relativamente ao post : http://o-pinoka.blogspot.com/2010/01/caprichos-gays-e-coerencias-politicas.html
Em primeiro lugar peço-lhe que releia o post e observe porque falo em capricho e depois se quiser desenvolver o porquê da negação á proposta apresentada na assembleia da república que lá refiro, agradeço. Aproveito para informar que estou completamente de acordo com as reivindicações que faz, embora num eventual referendo votasse negativamente e também no post explico porquê.
Se analisar bem o que escrevi verá que nada tenho contra homossexuais. O post é essencialmente político e vinco apenas a falta de coerência em posições políticas assumidas consoante as circunstancias.
Em relação ao post : http://o-pinoka.blogspot.com/2008/10/pro-menino-e-pra-menina-seja-pipi-ou.html
Também aqui me parece que não percebeu o sentido do texto.
È claro que homossexualidade não é doença, a pergunta que faço no fim do post é irónica e o texto é uma crítica feita pelo benefício extremo dado a um problema resolução estética em prejuízo de doenças crónicas que podem matar com muito maior probabilidade. E eu aqui sou descriminado, para que conste.
De resto, agradeço toda a informação que quiser disponibilizar. Gosto de aprender.
Obrigado pela visita
Volte sempre
Devo dizer que li novamente ambos os posts e a interpretação foi a mesma. Sabe qual é o problema. Está a analisar a situação do seu ponto de vista e de uma forma meramente política. Agora esta questão, tem muito mais de vertente humana do que politica. É a qualidade de vida e os direitos de pessoas que estão em jogo. Para si é indiferente nós casarmos ou não, não tem nada a perder nem a ganhar. Para nós faz toda a diferença. Dai ficar chocado quando me dizem na cara que são contra. Porque uma coisa é ser indiferente outra é querer prejudicar activamente, que justificações à parte no final do referendo a vitoria do “não” só faria isso, prejudicar. Quem votasse “não” não ganhou nada, mas muita gente perdeu. O sim também não lhe faria ganhar nada, mas ajudaria muita gente…
No final sabe também porque não consegue ver a situação de uma vertente mais humanitária? Porque ainda não teve ninguém significativo para si que fosse homossexual. Vou-lhe contar uma pequena história. Era uma vez um rapaz e uma rapariga com opiniões semelhantes à sua. Casaram e tiveram três filhos. Um dia um dos filhos chegou e tentou explicar a sua orientação sexual… Aí para os dois o mundo virou de pernas para o ar… e Agora?
Esta é parte da minha história, mas se fosse dum um sobrinho seu, de um neto, ou mesmo da sua filha. Não ia ver a questão apenas de uma forma política, ou ia?
É que ninguém está livre de isto lhe acontecer. Todos sabemos que na vida por vezes o tiro sai-nos pela culatra como no exemplo que dei…
Psimento
Vejo com agrado que pelo menos relativamente ao segundo post, ficou esclarecido.
Quanto ao primeiro vejo que também percebeu o sentido do post, ficando contudo agastado pelo facto de eu apenas abordar o tema do ponto de vista politico, e demonstrar alguma frieza quanto ao facto dos casais homossexuais se poderem casar ou não, de qualquer forma se me quiser explicar porque motivo não aceitam ter todos os direitos que reclamam ainda que com outro nome no contrato matrimonial, agradeço. Era tão fácil agradar a gregos e troianos.
Já agora, deixe-me dizer-lhe quanto ao exemplo que me dá, que se fosse alguém tão próxima de mim como a minha filha nas suas circunstâncias, nunca a deixaria de apoiar nas suas opções embora reconheça não ser o que desejo. Mais uma vez lhe digo que não tenho nada contra os homossexuais e acho que a sua vitimização em muitas circunstâncias acaba por os prejudicar, quanto menos polémica melhor, a melhor forma de adaptar a sociedade e as suas mentes a novas situações é gradualmente e sem imposições bruscas.
Tento sempre procurar o consenso em vez da afronta, ganhamos todos.
Na verdade continuo a não concordar com a forma que expôs um problema nas duas situações, achei de facto muito fria e com um olhar dirigido de cima deixando ambiguidade sobre o que dizia seriamente e o que ironizava. Simplesmente achei que não tinha nada a acrescentar ao que referi no primeiro comentário.
Quanto à dúvida que colocou de facto os direitos não são exactamente os mesmos principalmente no que toca depois a reconhecimentos internacionais. Além disso, diversos outros países desenvolvidos já reconheceram que era um erro e corrigiram a situação e muito outros estão em via de o fazer, só se esta como sempre a atrasar Portugal em mais um aspecto. Mas fora isso, de facto não tem grande lógica estar a criar um conceito novo para uma coisa que é exactamente igual a uma que já existe e mais uma vez isso só serviria para criar uma barreira entre casais heterossexuais e casais homossexuais. Mais uma vez, uma distinção, uma forma de estereotipar. Seria novamente: “ah porque nos somos heterossexuais podemos casar eles escolheram não ser, vamos arranjar-lhes aqui qualquer coisita”. E aqui está novamente o foco do problema. A palavra “escolha” ou a palavra “opção” que foi a que utilizou no comentário a cima. Na verdade o correcto é orientação. Porque eu não optei, nem escolhi ser como sou nem ninguém o pode fazer. Agora que sou adulto sinto-me bem, interiorizei a situação e tenho orgulho no homem que sou. Mas quando tinha 12 ou 13 anos e me via diferente dos outros rapazes sem perceber porquê, desejei muitas vezes poder escolher e optar…
Eu também não usaria a palavra vitimização mas se na verdade ainda há homossexuais a ser mortos, apedrejados, apontados e ridicularizados não vejo outra palavra para substituir…
Quanto ao facto de dizer que não foi isso que idealiza para a sua filha, posso dizer que os meus pais também não idealizaram isto e no entanto…
Psimento
Então relativamente ao primeiro post vou tentar ser o mais explícito possível com o que me incomoda.
Sou asmático. Pago todos os meus impostos, sou obrigado.
Ser asmático não é o fim do mundo, infelizmente existem milhões como eu, mas não sendo o fim do mundo para os que não têm o problema, pode muito facilmente ser para quem o tem se ao mesmo tempo não tiver possibilidades monetárias para fazer tratamento com acompanhamento médico. A asma é uma doença crónica, existem alguns tipos de asma mais graves que outros, e nos mais graves para se ter o mínimo de qualidade de vida é necessário muito dinheiro por mês.
Posto isto, para mim é inconcebível que alguém usufrua dos meus impostos para trocar de sexo enquanto outros como eu morrem por falta de ar e dinheiro.
Não digo que, uma perturbação da Identidade de Género não seja um problema psicológico grave e que possa inclusivamente em casos extremos levar á morte, mas para ter uma ideia, segundo um estudo recente realizado por pneumologistas, estima-se que cerca de um milhão de portugueses sofre de asma, e nos últimos oito anos esta doença tenha provocado cerca de 25 mil internamentos e 189 mortes, é dose não é?
Daí a pergunta irónica no fim do texto, é que convenhamos, para o estado suportar os valores envolvidos só pode ser falta bom senso e irresponsabilidade.
Ainda relativamente ao segundo post, a minha maior abordagem politica do que emotiva, prende-se com o facto de não haver coerência de quem nos governa, de não serem sérios.
Acha bem que houvesse referendos até o “sim” ao aborto ganhar? E eu aqui estou completamente á vontade para falar porque votei “sim”.
Acha bem que a opinião de um largo grupo de cidadãos através de uma petição com número de assinaturas nunca antes visto em tão curto espaço de tempo seja ignorada? Não me parece de todo democrático.
De resto, não quero desapontá-lo, mas não acredito que pelo facto dos homossexuais se poderem casar vá acabar com a discriminação de que fala, as mentalidades não se alteram por decreto. Na minha modesta opinião seria muito mais pacífico, de momento aceitar uma alteração á lei como referi e quando a sociedade tivesse interiorizado a união civil entre pessoas do mesmo sexo, alterar para a famigerada palavra “casamento”, ninguém se aperceberia e seria apenas uma alteração formal sem ondas e fricções.
Quanto á vitimização, lamento informar mas não é necessário ser homossexual para se sofrer maus-tratos de todo o género que referiu e mais algum.
Posso ainda assegurar-lhe que não olho ninguém de cima, muito provavelmente será quem me lê que inconscientemente me olha de baixo e sem motivo.
Já agora que tenho o privilégio de estar a debater um assunto tão interessante com alguém tão familiarizado com o tema da homossexualidade, vou colocar-lhe uma questão, responderá se quiser evidentemente.
Concorda com a Parada Gay? E consoante a resposta, o porquê?
Olá.
Dado a panóplia de assuntos vou comentar por tópicos para melhor organizar o pensamento :p
1 – Eu de facto nunca referi que os asmáticos não deveriam ter os seus tratamentos financiados pelo estado. Sou a favor de serem atribuídos benefícios a todos que precisem deles. Apenas não achei correcto ter mencionado a transexualidade como uma questão puramente estética quando é muito mais complexa. Saiba que em Portugal em determinadas situações também é possível aumentar ou diminuir os seios de uma mulher desde que a sua condição esteja a causar dano físico ou psicológico, de forma gratuita. Isto é uma questão bem mais estética do que uma perturbação da Identidade de Género e existem outras situações semelhantes. Sou a favor do financiamento em todas estas situações. Também me sai do bolso e nunca vou ser abrangido por nenhuma das três situações que referimos.
2- Não lhe posso fornecer dados sobre quantas pessoas se suicidam devido a Perturbações de Identidade de Género porque muitas vezes nem se sabe o motivo do suicido mas garanto-lhe que são bastantes os casos. Que destroem a vida de muita gente e que é um problema que tem de ser resolvido. Ninguém faz quando quer, a pessoa tem de passar por várias etapas até lhe ser permitido esse benefício do estado e como são muito menos do que os casos de asma é mais fácil para o estado resolver estas situações mais pontuais e que na soma gastam menos dinheiro.
Mais uma vez saliento que os asmáticos têm todo o direito de se sentirem injustiçados mas não podemos comparar assuntos que nada têm em comum e acima de tudo cada caso é um caso.
3 – O olhar de cima como referi foi a minha interpretação, não o conheço nem sou de julgar quem quer que seja mas acredito que muita gente ao ler os textos teria a mesma interpretação que eu. Foi o facto de ter minimizado e falado como se os outros assuntos e a qualidade de vida daquelas pessoas não fossem importantes que mais me deixou impressionado.
4- Quanto à vitimização. Existe violência em relação a tudo como referiu mas principalmente devido a características como raça e orientação sexual ou seja por características que os sujeitos não podem alterar e isto tem de se trabalhar junto das populações no sentido de se diminuir. A integração é essencial.
5- Como futuro psicólogo posso assegurar-lhe que não há melhor forma de lidar com qualquer fobia do que enfrenta-la directamente. A homofobia não é excepção. Enquanto a homossexualidade não for introduzida na sociedade como uma forma normal de relacionamento, nunca sairá da obscuridade. Criar um novo conceito que abranja este grupo só serve para mais uma vez arrumar o problema numa gaveta longe da sociedade heterossexual onde não dê muito trabalho e de forma a que as pessoas possam esquecer o assunto. Se os outros países conseguiram Portugal também consegue, não somos assim tão inferiores.
6-Este assunto não prejudica nem beneficia nenhum casal heterossexual como tal nem sequer deveria haver intromissão dos mesmos. A maior parte das pessoas por razões religiosas e outras, acaba por se sentir ofendida por partilhar a palavra casamento e inserir-se num mesmo grupo que um casal homossexual.
O facto de pessoas do mesmo sexo não poderem casar na verdade é ridículo se pensarmos bem. Eu perco os meus direitos de cidadão normal só por não ter tido o “azar” de gostar de alguém do mesmo sexo?? Então e se mudar de sexo já posso? E depois mudo outra vez e já está… francamente…
7- Quanto à pergunta não tenho uma resposta concreta. Pessoalmente não vejo necessidade de andar na rua com a minha orientação sexual escarrapachada na testa. Assim como também não me sinto atraído por pessoas que o fazem através dos seus maneirismos, comportamentos ou da forma de se apresentarem. Saliente-se que não tenho nada contra homens que são afeminados, simplesmente não se enquadram nos meus gostos pessoais. Agora neste momento, os amigos e família sabem e quem me perguntar eu não vou mentir porque não sinto vergonha dessa minha característica.
Se me perguntasse se participaria numa parada gay diria-lhe que não porque para mim como já disse não tem significado andar a “exibir” essa característica. Agora cada um é livre de o fazer se isso para si tiver algum significado e se pessoalmente acharem que lhe trará alguma vantagem…
Psimento,
Tudo isto se resume só e apenas ao facto de cada um se manifestar com mais fervor ou não relativamente aquilo que mais o incomoda a título pessoal.
Se eu tenho uma preocupação com um assunto que pessoalmente me prejudica, você tem outra com outro assunto que o afecta directamente. Não quero com isto dizer que desvalorizo o problema que o afecta, assim como acredito que o meu o preocupará, mas noutra dimensão.
Continuo ainda a achar que existe um problema político e que põe em causa a participação democrática do povo em Portugal. Por exemplo, para mim acabou-se a recolha de assinaturas seja para que fim for, afinal só são levadas em conta se satisfizerem a vontade da maioria de quem está na assembleia. Mataram o conceito de referendo, e este era importante ser preservado.
Quanto á resposta que lhe pedi, considero-a inteligente, tal como esperava.
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