Jorge Coelho é uma figura bem conhecida da nossa praça e de relevo no seio do Partido Socialista.
Todos o conhecem de diversas intervenções politicas algumas bem marcantes como por exemplo na altura em que era ministro do governo de António Guterres e conquistou a alcunha de “Bombeiro”.
Nessa altura Jorge Coelho apagava os fogos todos, os dele e os dos outros ministros. Demitiu-se depois da queda da ponte de Entre-os-Rios.
Hoje, com outro tipo de visibilidade na política, menos interventiva mas também muito importante, lá vai dando ao Sócrates um empurrãozinho aqui, outro ali. E onde o faz com maior destaque é no programa Quadratura do Circulo transmitido na SIC Noticias.
Jorge Coelho no programa, tenta transmitir aos telespectadores uma imagem de um comentador sério, equilibrado, e embora defensor do PS procura distanciar-se ligeiramente com intuito de iludir quem o veja e assim o considere como um independente que só defende as politicas do governo porque fazem sentido. Ora o berbicacho, é quando as políticas socialistas não fazem sentido e ele quer a todo custo justificá-las com argumentos válidos.
No último programa, dos três temas abordados para discussão, em dois deles ficou mais uma vez evidente a falta de coerência da ideologia politica de Jorge Coelho que advém deste partido socialista, inventado por Soares e transfigurado por Sócrates.
Jorge Coelho defende a abertura dos hipermercados aos domingos. Para ele existe necessidade de adaptação do comércio e dos seus horários aos novos hábitos dos cidadãos. Para ele, se há serviços como os hospitais e a policia que funcionam 24 horas por dia, não vê razão para que o comércio não alargue o horário de funcionamento, justificando o que defende com o facto de algumas pessoas não lhes dar jeito fazer compras nos seis dias em que estão abertos mas sim no dia que estão fechados. Por Jorge Coelho o socialista e liberal como se auto intitula, vire-se de pernas para o ar a vida de uns bons milhares de trabalhadores do comércio, para agradar a alguns caprichosos do passeio domingueiro.
Na abordagem do segundo tema de conversa, o qual se destinava a opinar acerca do famigerado vídeo da aluna, da professora e do telemóvel, Jorge Coelho defende o lógico, autoridade aos professores - que curiosamente o governo do seu partido retira todos os dias -, e a responsabilização dos pais que muitas vezes são uns pais ausentes e não educam convenientemente os filhos. Os professores não podem fazer tudo.
Agora façamos um exercício de coerência lógica entre o que Jorge Coelho defende no primeiro tema e no segundo.
Á partida os assuntos parecem não ter nada a ver um com o outro, mas…
Por exemplo:
“Um casal tem um filho em idade escolar.
A senhora trabalha numa loja pronto-a-vestir e o marido num hipermercado. Têm imensas dificuldades em acompanhar o filho no dia a dia visto o horário de um, ser das10h ás 19h e do outro, das 14h as 23h.
Ao domingo este comércio fecha e finalmente estão os três juntos, sim porque durante a semana as folgas são rotativas e o filho acaba as aulas do ciclo preparatório a meio da tarde e tem que se entreter com algo, sozinho ou com amigos nas mesmas circunstâncias. Afinal, não há dinheiro para aulas de violino.
Entretanto aparece um iluminado e apregoa:
- Que se abra todo comércio ao domingo! Tenho que ir comprar tabaco!”
Agora pergunto eu. Faz sentido?
terça-feira, 1 de abril de 2008
O paradoxo de um socialista.
Publicada por O Pinoka à(s) terça-feira, abril 01, 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
11 Pinokadas:
Socialista liberal?
Não sabia!
Ora aí temos o Socrates em pessoa.
Cumprimentos.
Vieira calado
É verdade. Também tive a mesma reacção quando o ouvi dizer “eu sou um liberal” acompanhando a revelação com uma gargalhada, referindo-se ao horário do comércio.
Abraço
Esta questão da abertura do comércio aos domingos tem muito para dizer, mas infelizmente não temos tempo.
Poderia haver hipermercados abertos ao domingo, sim, num regime de rotatividade, como as farmácias. Por que não?!
Em toda a parte há as "convenience stores" que, curiosamente, por cá não pegaram. Tivemos em Lisboa algumas, mas hoje não conheço nenhuma.
Portanto, não vejo necessidade real de que os hipermercados abram todos ao domingo.
Quanto ao Coelhone, é um espertalhaço que tem ar de quem gosta de uma boa pinga. Um "bon vivant", estratega da chico-espertice, que decerto o comparsa Zé não dispensou de todo!
Naquele círculo quadrado ele é porventura o mais rubicundo...
Um abraço.
Jorge P.G.
Não, não faz.
Até á volta Pinoka
A culpa é claramente dos pais.
Não têm nada que ter um filho em idade escolar!
:o)
Se fossem mesmo bons pais, tinham-no tido mais cedo, para já estar a contribuir com impostos para os Jorges coelhos deste país
Não faz sentido nenhum, não. É o que temos, infelizmente.
Olha, muito sinceramente, nada disto me admira, pq um homem q perante uma tragédia como a queda da Ponte de Entre-os-Rios, diz , sublinhe-se alcoalizado, q a "culpa n iria morrer solteira".
E dp a sua responsabilidade traduziu-se num abondonar, cobarde, do seu cargo no Governo em exercicio à altura.
Um homem capaz disto, é capaz de tudo.
E as famílias continuam sem receber as indiminizações. E achas q ele está minimamente preocupado??
A mim n me parece.
Aqui os supermercados sao abertos domingo pela manha...nao acho isso tão ruim assim, mas também nao é essenssial, e as pessoas que véao trabalhar no domingo, tem proposta de ganhar mais???
Mocho-real
Sou contra a abertura aos domingos.
Dediquei um post a este assunto onde o desenvolvi mais e explico os meus motivos.
Um abraço
Bel
È o que eu acho
Bjs
Sorrisos em alta
Ora aí está uma perspectiva diferente do problema, mas muito interessante.
Um abraço
Estafermococus
Também me parece.
Um abraço
Diabólica
No processo de Entre-os-rios já foi tudo absolvido, e as ultimas informações diziam que as famílias das vítimas já nem queriam recorrer mais no processo.
Quanto ao Jorge Coelho era o mínimo que podia fazer na altura. Pena que depois não se tenha esforçado mais para não deixar cair o caso no esquecimento e a culpa não morrer solteira.
Bjs
Liz
Aqui os hipermercados também já abrem ao domingo de manha mas para alguns ainda não chega.
Bjs
De facto não faz sentido nenhum.
Omelhor é emigrar!
Olívia, olá!
Bem vinda!
Não, emigrar não. Nós que estamos contra, é que fazemos falta no país. Temos que ficar a ver se endireitamos isto.
Os outros é que tem que ir embora.
Beijinhos
Enviar um comentário